
A tecnologia que est� hoje no mercado brasileiro e que � rotulada como 4G � a LTE (de Long Term Evolution), que representa grande evolu��o em rela��o �s redes 3G. A 4G pode multiplicar por 10 a velocidade de uma boa conex�o m�vel existente hoje, chegando claramente a superar a rapidez da internet a cabo das resid�ncias. Para se ter ideia de como a tecnologia 4G vai mexer com a vida dos usu�rios conectados, uma foto de 1MB, que com um aparelho 3G demoraria mais de 30 segundos para ser baixada, com um 4G n�o chega a dois segundos.
Ainda em implanta��o e por enquanto dispon�vel apenas nas seis cidades brasileiras que sediar�o a Copa das Confedera��es, al�m de S�o Paulo, os problemas ainda s�o grandes. Al�m do desafio que a implanta��o representa, o pre�o da tecnologia ser� um dos entraves � sua populariza��o, pelo menos a m�dio prazo. Trocando em mi�dos, quem se sentir atra�do por ter um smartphone 4G ter� que tirar mais dinheiro do bolso para comprar um aparelho e pagar a conta do plano de dados.
De acordo com as operadoras, o custo dos planos � o mesmo dos da tecnologia 3G. O problema � que um consumidor que usa a internet pelo celular normalmente leva quase todo o m�s para gastar o seu plano na categoria 3G. J� com um aparelho 4G, devido � velocidade do servi�o e tamb�m �s tenta��es de us�-lo mais, com certeza esse mesmo plano duraria s� alguns dias. E um pacote mais robusto da Vivo, de 6GB, com 1.200 minutos de liga��es gratuitas para outras operadoras, custa R$ 569, o que, convenhamos, n�o � para o bolso de muitos brasileiros. J� o rec�m-lan�ado Samsung Galaxy S4, por exemplo, custa R$ 2.499. O 4G mais barato do mercado � o Galaxy Express, cujo pre�o � R$ 1.350.
F�rmula 1 da banda larga
Comparar a tecnologia 4G com a 3G � como colocar frente a frente um carro antigo, daqueles da rom�ntica era dos ve�culos automotivos, e um campeon�ssimo F�rmula 1. A velocidade de uma est� milhares de quil�metros � frente da outra.
CUSTO DE PACOTES
O pacote de dados mais barato da Vivo, de 2GB, que oferece 60 minutos de liga��es gratuitas para outras operadoras, liga��es livres para a pr�pria operadora, mensagens e roaming nacional, tamb�m sem custos extras, custa R$ 149 por m�s. A TIM oferece tr�s planos com pacote de dados bem limitado, o que justifica os baixos pre�os: R$ 21,90 (plano Liberty Web 300MB), R$ 29,90 (Liberty Web Smart 300MB) e R$ 34,90 (Liberty Web 600MB). Entre os pacotes oferecidos pela Claro, o mais em conta � o 5GB com 100 minutos de liga��o livre, que custa R$ 198 por m�s. J� o mais caro, tamb�m de 5GB, mas com 600 minutos, custa R$ 351 mensais. J� a Oi, como promo��o de lan�amento (tempo limitado), oferece o plano Oi Internet 4G, com franquia de dados de 5GB, que custa R$ 98 por m�s.
Cobertura insuficiente
A maioria dos smartphones em uso no Brasil � 3G e utiliza uma tecnologia chamada HSPA (de high speed packet access ou acesso de pacote de alta velocidade). Foi a entrada no mercado dessa tecnologia que tornou vi�vel o acesso � internet em dispositivos m�veis com razo�vel velocidade. A HSPA atinge at� 4MBps. Ocorre, entretanto, que a tecnologia 3G, n�o atende plenamente as necessidades do usu�rio. Por que h� tantos problemas no funcionamento do servi�o de dados 3G? As operadoras n�o est�o cumprindo com suas obriga��es? H� como ser ressarcido por um servi�o contratado que n�o atende as expectativas?
Para o professor do curso de especializa��o em redes de computadores da PUC Minas, Leandro de Farias Freitas, esse mau funcionamento pode ser causado por v�rias raz�es – a principal delas � a cobertura proporcionada pela coloca��o de antenas, que, por sua vez, esbarra na rigidez de leis e na burocracia de prefeituras para serem instaladas. “Dessa forma, � praticamente imposs�vel atender todos os locais e uma �rea de cobertura homog�nea”, afirma, lembrando que as operadoras ainda priorizam regi�es de maior potencial de retorno financeiro para prover redes de melhor qualidade.
Segundo ele, � preciso entender ainda que, por n�o utilizar um meio confinado, como os cabos, as transmiss�es sem fio est�o sujeitas �s mais diferentes influ�ncias, desde varia��es das condi��es atmosf�ricas at� obst�culos f�sicos, passando ainda at� por r�dios e outros dispositivos que adotam a mesma frequ�ncia e causam interfer�ncias. “Tome-se como exemplo as redes wi-fi, que t�m menor pot�ncia de transmiss�o, est�o confinadas a uma resid�ncia e ainda assim trazem transtornos a muitos usu�rios.”
APARELHOS Outro problema s�o os aparelhos, muitos deles com hardware de qualidade question�vel, que “sujam” o espectro e prejudicam o sinal de outros clientes. Eles s�o, de acordo com o professor, um dos grandes ofensores da interface a�rea das empresas. “Aparelhos antigos, que come�am a apresentar falhas de hardware n�o aparentes, tamb�m podem prejudicar as transmiss�es”, diz ele, ressaltando que os planos contratados das operadoras e que t�m franquias tamb�m s�o motivos de reclama��es. Quando ela � atingida, limita o cliente a baixas taxas de transfer�ncia. “Nesse casos, muitas vezes uma comunica��o � algo quase imposs�vel”.
PARA RECLAMAR
Se voc� se sente prejudicado por contar com um servi�o que n�o entrega o que promete, a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) tem v�rios canais para receber reclama��es e afirma que h�, sim, uma obriga��o de as operadoras cumprirem metas com rela��o � 3G da mesma forma que ocorre agora com a implanta��o da 4G. Veja abaixo como denunciar problemas:
» Central de atendimento*: 1331
» Pessoas portadoras de defici�ncia auditiva: 1332
» Atendimento eletr�nico e pessoal: www.anatel.gov.br, se��o Fale Conosco. Voc� confere no site o contato dos escrit�rios regionais.
» Fax: (61) 2312-2264
*A Central de atendimento funciona nos dias �teis das 8h �s 20h e a liga��o � gratuita.