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Estado de Minas

Galeria de Cientistas Not�veis


postado em 13/05/2013 09:22 / atualizado em 16/05/2013 08:04

 

(foto: O Cruzeiro/EM)
(foto: O Cruzeiro/EM)
C�SAR LATTES - Curitiba (PR)
11/7/1924 - 8/3/2005


N�o h� cientista que n�o o cite, afinal, ele d� nome � plataforma de cadastro de pequisadores no Brasil. Mas s�o os f�sicos que o conhecem mais: C�sar Lattes comprovou a exist�ncia do m�son pi, part�cula subat�mica que garante a coes�o do �tomo. Em 1935, o cientista japon�s Hideki Yukawa j� defendia a exist�ncia da part�cula. No entanto, foram as experi�ncias realizadas por Lattes nos anos 1940 que comprovaram a teoria, que marca o in�cio da chamada f�sica de part�culas elementares, ou f�sica de altas energias. Apesar de convites de universidades estrangeiras, ele fez carreira universit�ria no Brasil. Al�m de professor da Universidade de S�o Paulo, da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Universidade Estadual de Campinas, � um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas F�sicas. Lattes tamb�m integrou diversas academias e sociedades cient�ficas brasileiras e internacionais. Em seu pr�prio curr�culo est�o pr�mios reconhecidos, como o Einstein; o Fonseca Costa; o Bernardo Houssay, da Organiza��o dos Estados Americanos; e o Pr�mio de F�sica da Academia de Ci�ncias do Terceiro Mundo. Mas foram Hideki Yukawa e Cecil Powell, companheiro de Lattes em suas experi�ncias, que receberam o Pr�mio Nobel pela descoberta do m�son pi.

 

 

OSWALDO CRUZ - S�o Lu�s do Paraitinga (SP)

5/8/1872 - 11/2/1917

 

Seu nome � adotado pela mais destacada institui��o de ci�ncia e tecnologia em sa�de da Am�rica Latina: a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz). Pudera: o m�dico e sanitarista fundou a medicina experimental no Brasil. Entre seus principais feitos est�o o combate ao surto de peste bub�nica no litoral paulista e a erradica��o de doen�as end�micas no Rio de Janeiro. Com suas pesquisas, desenvolveu as vacinas que controlaram as doen�as que mais matavam na �poca: a febre amarela e a var�ola. Oswaldo Cruz era um not�vel. Ainda com 14 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde se doutorou em 1892, defendendo a tese da veicula��o microbiana pelas �guas. Na Fran�a, estagiou no Instituto Pasteur e, na Alemanha, aplicou os conhecimentos adquiridos na dire��o do Instituto Soroter�pico, antigo nome da Fiocruz, quando elevou o n�vel do centro de fabrica��o de vacinas e de medicina experimental. Foi diretor-geral da Sa�de P�blica do Rio de Janeiro, onde iniciou as famosas brigadas mata-mosquitos, quando guardas sanit�rios percorriam as resid�ncias eliminando focos do mosquito transmissor da febre amarela, algo como o combate atual ao transmissor da dengue. Foi ainda membro da Academia Brasileira de Letras e assumiu o cargo de prefeito de Petr�polis, morrendo uma semana depois.

 

MILTON SANTOS - Brotas de Maca�bas (BA)
3/5/1926 - 24/6/01

N�o � um Nobel, mas simplesmente porque n�o existe no pr�mio mais famoso do planeta uma categoria para sua �rea de pesquisa. Milton Santos, entretanto, foi o �nico pesquisador fora do mundo anglo-sax�o a receber, pelo conjunto de sua obra, o Vautrin Lud, que pode ser considerado o "Nobel da Geografia". Seus esfor�os foram dedicados a dissecar a globaliza��o da economia, enfatizando seu efeito devastador no Brasil, e propor sa�das para que a popula��o pobre n�o fosse mais parte desse jogo apenas como v�tima. Bacharel em direito pela Universidade Federal da Bahia, n�o chegou a exercer a profiss�o. Preferiu um concurso p�blico para professor secund�rio e foi lecionar geografia em Ilh�us. Por causa de sua posi��o pol�tica, foi perseguido e preso, passando dois meses num quartel de Salvador (BA). Libertado, partiu para a Fran�a e gra�as ao ex�lio for�ado se projetou internacionalmente. Doutor em geografia pela Universidade de Estrasburgo e professor visitante em Stanford, estudou e ministrou aulas na Europa, Am�ricas e �frica, nas universidades de Paris, Columbia, Toronto e Dar Assalaam (Tanz�nia). Tamb�m atuou como consultor da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) e da Unesco. Publicou mais de 40 livros e 300 artigos.

 

GILBERTO FREYRE
Sir. Gilberto Freyre n�o foi o t�tulo mais importante recebido pelo pesquisador que introduziu a antropologia moderna no Brasil. Quando a rainha da Inglaterra contemplou Gilberto Freyre com o mais alto t�tulo da monarquia brit�nica ele j� era o quarto brasileiro a receber o Pr�mio Aspen, do americano Instituto Aspen. Tinha, inclusive, sido indicado ao Pr�mio Nobel de Literatura, em 1947. Freyre se destacou logo em seu primeiro livro, Casa-grande e senzala, em que descreve a vida nos engenhos e a forma��o da economia nacional sob o regime da escravid�o. Seu m�todo de pesquisa via no cotidiano um elemento importante para o estudo das ci�ncias sociais e foi adotado nos estudos antropol�gicos e sociol�gicos posteriores. Primeiro livro da trilogia Introdu��o � hist�ria da sociedade patriarcal no Brasil, que explica a forma��o social e antropol�gica brasileira, recuperando suas diversas fases, Casa-grande e senzala foi seguido por Sobrados e mucambos e Ordem e progresso. Freyre publicou tamb�m obras autobiogr�ficas e sobre a hist�ria de Recife. Em 1935, participou da cria��o da Universidade do Distrito Federal, que tinha como filosofia a forma��o dos quadros intelectuais do pa�s e acabou incorporada, pela pol�tica do Estado Novo, � Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

CARLOS CHAGAS
Oliveira (MG)

Pela primeira vez na hist�ria da medicina, um pesquisador conseguiu descrever, por completo, o ciclo de uma doen�a. No caso, o mineiro Carlos Chagas e a tripanossom�ase americana, conhecida como doen�a de Chagas. O m�dico e sanitarista foi respons�vel por importantes descobertas no ramo da parasitologia e da sa�de p�blica: seus estudos possibilitaram o avan�o das pr�ticas de preven��o e combate a doen�as como a mal�ria e a gripe espanhola. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializou-se no estudo experimental das doen�as tropicais. Contratado por Oswaldo Cruz com a miss�o de controlar a epidemia de mal�ria que assolava o munic�pio de Itatinga (SP) e o Norte de Minas Gerais, Chagas acabou descobrindo algo maior. Suas pesquisas em Minas o levaram a um protozo�rio at� ent�o desconhecido, que denominou de Trypanosoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz. Ficou mundialmente famoso. Em 1921, em viagem pelos Estados Unidos para uma s�rie de confer�ncias, recebeu o t�tulo de Doutor Honoris Causa da Universidade de Harvard, tornando-se o primeiro brasileiro a obter a condecora��o. Chagas foi ainda membro honor�rio da Soci�t� de Pathologie Exotique da Fran�a, da Royal Society of Tropical Medicine da Inglaterra e das Academias de Medicina de Paris, Bruxelas, Roma e Nova York.

 

 


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