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Estado de Minas

Transporte coletivo pode ser otimizado com combust�veis "verdes"


20/07/2013 08:39 - atualizado 20/07/2013 08:45

(foto: ARTE EM)
(foto: ARTE EM)

S�o Paulo–Poluir menos, gerar economia de combust�vel e energia recarreg�vel. O futuro da mobilidade brasileira, impulsionada pelas obras do BRT (transporte r�pido por �nibus) nas cidades sedes da Copa do Mundo, tamb�m passa pelo desenvolvimento de novas tecnologias que possam colaborar com o meio ambiente. Depois da implementa��o da legisla��o Proconve P7 (popularmente conhecida como Euro 5) de redu��o em emiss�es de motores,a partir de janeiro de 2012, o biodiesel e experi�ncias com o diesel derivado da cana-de-a��car, o desafio agora � conseguir validar o uso de novos combust�veis que possam reduzir o impacto da polui��o do transporte coletivo na sa�de – 7%em 2010, segundo a Uni�o Europeia.

Enquanto h�bridos e el�tricos s�o realidade em pa�ses desenvolvidos, no Brasil, a falta de pol�ticas p�blicas de transporte e, sobretudo, incentivos, ainda trava a aplica��o de alternativas ao tradicional �leo diesel,um dos principais vil�es na emiss�o de poluentes como o di�xido de carbono (CO2) e �xidos de nitrog�nio (NOX). Em Belo Horizonte, foi dado um dos primeiros passos nesse sentido com o teste de um �nibus da empresa Iveco movido a g�s natural veicular (GNV).O coletivo importado da Europa rodou 5mil quil�metros, passa por ajustes de calibra��o do motor na f�brica de Sete Lagoas, a 100 quil�metros da capital mineira,e dever� voltar �s ruas em breve. O motor � alimentado por uma v�lvula reguladora que reduza press�o do g�s armazenado nos cilindros a uma press�o de 200 bar, e o injeta na c�mara de combust�o numa mistura estequiom�trica ar-GNV. O fato de j� ter a tecnologia pronta foi um dos motes defendidos por fabricantes durante a Transp�blico’2013, feira voltada ao setor, corrida em S�o Paulo no in�cio do m�s.

“Um catalisador espec�fico permite o abatimento das emiss�es de poluentes quase a zero. Quando comparado com ve�culos com motor Euro 3, o g�s natural veicular apresenta uma redu��o de 95% de emiss�es de NOX, 99% de material particulado e at� 25% de CO2. Isso demonstra que o GNV representa uma op��o madura e vi�vel para reduzir a polui��o nos grandes centros”, defende o engenheiro da �rea de inova��o da Iveco, Fabio Nicora. Mas,na pr�tica, ainda � preciso fazer mais. Al�m do g�s e o �nibus bicombust�vel (diesel + GNV), o �nibus h�brido � a principal alternativa de transi��o entre combust�veis derivados do petr�leo e novas fontes de energia visualizada pelos fabricantes para os pr�ximos anos, ainda que fora do contexto do BRT. O fator custo, entretanto, ainda afasta potenciais compradores: enquanto um chassi de um �nibus convencional equivalente custa cerca de R$ 220 mil, s� a base mec�nica de um h�brido n�o sai por menos de R$ 330 mil. Apenas 35 unidades do Volvo B-215RH, primeiro pesa do h�brido produzido no Brasil,foram vendidas no pa�s desde o lan�amento, h� dois anos.

“O �nibus h�brido � uma quest�o de tempo para o Brasil. E depois vem mais. Articulados e biarticulados devem vir na sequ�ncia”, aposta o coordenador da engenharia de vendas da Volvo, F�bio Lorenzon. Ao passo que o motor el�trico da Volvo s� � capaz de arrancar o �nibus at� 20 quil�metros por hora, o H�bridoBR, apresentado pela Mercedes-Benz durante a feira, � totalmente movimentado pelo propulsor el�trico, alimentado por um gerador movido a diesel, biodiesel ou diesel de cana. Se por um lado a vida �til das baterias (de tr�s a cinco anos nos conjuntos de l�tio no Volvo e chumbo �cido no Mercedes) e o peso representam outras limita��es do h�brido, por outro, o h�brido plugin tende a atenuar as limita��es
aumentando a autonomia de abastecimento. Recarreg�vel em tomadas implantadas nas esta��es, o conceito deve ser distribu�do de acordo com a dist�ncia das linhas e o tempo de parada. “Se em determinada rota houver uma dist�ncia de 15 quil�metros e a autonomia do plug-in for de 7,5 quil�metros, teremos de ter uma esta��o de recarga no meio do caminho. Curitiba j� demonstrou ser favor�vel,mas n�o h� nada ainda estabelecido. Tecnicamente falando, temos condi��es de ter a tecnologia no pa�s em quatro anos”, explica Lorenzon. Vale lembrar que a capital paranaense tem um sistema integrado de �nibus,com corredores exclusivos,pontos de conex�o por boa parte da cidade e que funciona bem h� quase quatro d�cadas.

ELETRICIDADE Nesse cen�rio, o �nibus el�trico entra com complemento. O conceito do tradicional tr�lebus, usado em Belo Horizonte at� a d�cada de 1960, permanece em opera��o em cidades como S�o Paulo. Na nova tecnologia independente de fios, a exemplo de alguns h�bridos, a baixa autonomia e o grande peso das baterias, por outro lado, s�o limitadores. “H� lugares onde a emiss�o de poluentes est� numa agenda imediata. O el�trico faz parte da vis�o,e a partir da tecnologia plug-in poderemos trabalhar a tecnologia. Na China, j� fabricamos �nibus el�tricos, mas para uma realidade deles”, acrescenta Lorenzon. Solu��o mais pr�xima e de baixo custo � o �nibus bicombust�vel.

O projeto exige mudan�as m�nimas na arquitetura el�trica e eletr�nica, afirma a Mercedes- Benz, aplicando adicionalmente um catalisador de oxida��o,afim de reduzir as emiss�es de mon�xido de carbono e metano. “Sem grandes altera��es no motor b�sico a diesel foi poss�vel atingir at� 90% de rela��o de substitui��o de diesel por GNV. Com a possibilidade de aumento de oferta de GNV,ouso desse combust�vel em �nibus urbanos ser� uma importante op��o para reduzir o consumo de combust�vel diesel f�ssil e para a redu��o dos custos operacionais das empresas de transporte”, afirma o gerente de Desenvolvimento de Motores da Mercedes-Benz, Gilberto Leal. Tecnologia para limpar o meio ambiente, portanto,� o que n�o falta.


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