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Estado de Minas INVIS�VEIS PARA MOSQUITOS

Cientistas descobrem subst�ncia na pele humana que repele insetos

Pesquisadores americanos identificam subst�ncias presentes na pele humana que inibem a capacidade olfativa dos insetos


postado em 15/09/2013 10:50 / atualizado em 15/09/2013 11:11

(foto: Dimang Kon Beu / SES MG /Divulgação)
(foto: Dimang Kon Beu / SES MG /Divulga��o)

Bras�lia – Imagine se os pernilongos deixassem de perceber sua presen�a. Que bom seria nunca mais ouvir o zumbido deles ao p� do ouvido ou simplesmente estar em uma floresta sem ser atacado por esses insetos. A chatea��o, que pode se transformar em amea�a � sa�de, caso o mosquito seja vetor de uma doen�a, pode estar perto do fim.
Pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Universidade de Regensburg, na Alemanha, descobriram que algumas subst�ncias existentes na pele humana conseguem bloquear o olfato de mosquitos e sua capacidade de perceber a presen�a de pessoas. A ideia dos cientistas � usar esses ingredientes para fabricar uma nova classe de repelentes, mais eficientes que as atuais.

“Estamos explorando uma abordagem diferente, com subst�ncias que enfraquecem o olfato do mosquito. Se ele n�o consegue perceber que o jantar est� pronto, n�o sofreremos com seus zumbidos ou suas picadas”, diz ao Estado de Minas Ulrich Bernier, cientista do USDA que apresentou os resultados dos experimentos durante o 246º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Qu�mica, ocorrida esta semana em Indian�polis, nos EUA.

O grupo trabalha para desenvolver uma composi��o qu�mica que n�o seria aplicada diretamente na pele, mas borrifada no ambiente. “Repelentes t�m sido a principal forma de prevenir picadas de mosquitos. Os produtos � base de DEET s�o bastante eficientes e v�m sendo usados h� muito tempo. No entanto, algumas pessoas n�o gostam da sensa��o ou do cheiro deles”, completa Bernier. DEET, ou dietiltoluamida, � a susbst�ncia mais usada para combater os mosquitos atualmente. O composto interfere nos receptores sensoriais dos insetos e inibe o seu desejo de picar.

Clique para ampliar(foto: Arte EM)
Clique para ampliar (foto: Arte EM)



Sangue doce

O cheiro de uma pessoa � resultado de milhares de compostos presentes na pele, muitos vindos do suor ou de bact�rias. Durante os estudos, os pesquisadores mapearam cerca 300 dessas subst�ncias, das quais 20 t�m o poder de atrair pernilongos. A maior presen�a desses componentes – e n�o o “sangue doce”, como dizem alguns – explica por que algumas pessoas costumam ser mais picadas que outras.

O �cido l�tico e a am�nia s�o exemplos de subst�ncias facilmente percebidas pelas sensores dos mosquitos. “Alguns indiv�duos produzem essas susbt�ncias mais do que outros. E, no caso dos homens, a presen�a da testosterona tamb�m pode ser respons�vel pela atra��o”, conta Tatiana Mingote, mestre em parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que n�o participou do estudo.

Para identificar quais compostos atraem ou inibem os mosquitos, a equipe estrangeira usou um mecanismo chamado olfat�metro, no qual eles podiam borrifar solu��es com diferentes composi��es qu�micas e verificar o comportamento de insetos presos no aparelho. Alguns compostos, como o �cido l�tico, atra�ram 90% dos bichos. Outros, no entanto, mostraram-se capazes de deix�-los desorientados e, em alguns casos, incapacitados at� mesmo de voar (veja infografia).
“Se voc� colocar a m�o em uma das gaiolas de mosquitos na qual n�s tivermos lan�ado alguns desses inibidores, quase todos eles v�o ficar afastados. Nem ao menos perceber�o que a m�o est� l�. N�s chamamos isso de anosmia e hiposmia, que � a falta ou a redu��o da habilidade de sentir cheiros”, explica Bernier. Foram testados v�rios compostos, que tiveram de 20% a 90% de efici�ncia. Entre eles, destaca-se a
1-metilpiperazina.

Doen�as

A efic�cia de um repelente depende de um trabalho minucioso que inclui achar a composi��o mais adequada para os v�rios tipos de uso. “� algo meticuloso. A efici�ncia muda se as subst�ncias forem aplicadas na pele ou no ambiente. O resultado depende tamb�m da temperatura e da umidade do local”, explica Tatiana Mingote. “� preciso aliar as possibilidades de uso e a efici�ncia da composi��o qu�mica”, acrescenta a bi�loga, doutoranda em ci�ncias.

O novo estudo, ainda em fase de desenvolvimento, pode oferecer repelentes mais eficazes no futuro e ajudar a evitar a polifera��o de doen�as transmitidas por mosquitos, como a mal�ria e v�rios tipos de arboviroses. Combinadas, essas enfermidades matam milh�es de pessoas no mundo a cada ano.

De acordo com dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), pelo menos 40% da popula��o mundial correm risco de contrair mal�ria, e cerca de 40%, de serem infectadas com o v�rus da dengue. “No caso da dengue, temos uma doen�a de dif�cil controle do mosquito, sem vacina ou tratamento. Ent�o, o desenvolvimento de um repelente eficaz � muito importante”, avalia Tatiana.


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