
Os cientistas, liderados por Elainie Madsen, da Universidade de Lund, examinaram se a idade e a proximidade emotiva influenciam a suscetibilidade dos chimpanz�s ao bocejo contagiante. Trinta e tr�s primatas �rf�os, sendo 12 na inf�ncia (1 a 4 anos) e 21 na juventude (5 a 8 anos), foram inclu�dos na investiga��o. O teste era constitu�do de uma sequ�ncia de sete sess�es com cinco minutos cada uma, em que um humano conhecido e um n�o familiar aos chimpanz�s bocejavam ou co�avam o nariz repetidas vezes.
Descobriu-se que o bocejo, mas n�o a coceira do nariz, era contagiante para chimpanz�s jovens. J� os menores n�o repetiram nenhuma das duas a��es. A proximidade da pessoa que bocejava n�o influenciou o resultado. De acordo com os cientistas, esse � um indicativo de que a empatia vai sendo constru�da com o tempo. “Os resultados refletem um padr�o de desenvolvimento geral, compartilhado por humanos e outros animais. Dado que o bocejo contagiante pode ser uma resposta de empatia, podemos inferir que esse sentimento se desenvolve devagar ao longo dos primeiros anos de vida”, diz Madsen.
Do ponto de vista evolutivo, a ci�ncia acredita que o bocejo contagiante pode ser um gesto inconsciente para demonstrar identifica��o. “� como se um indiv�duo dissesse ao outro: ‘Ei, eu sou como voc� e gosto de voc�, por isso, vou reproduzir seu gesto”, diz Inge-Marie Eigsti, chefe do Laborat�rio de Psicologia da Universidade de Connecticut. Como, al�m de seres humanos, outros grandes primatas tamb�m mostram essa habilidade, Eigsti, que n�o participou da pesquisa sugere que a caracter�stica seja resultado da evolu��o.