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Estado de Minas

Televis�o se reinventa para acompanhar novas tend�ncias, mas j� n�o � suficiente

Segundo pesquisa, 62% dos brasileiros usam outro dispositivo enquanto assistem a programas


postado em 05/12/2013 00:12 / atualizado em 05/12/2013 13:14

Quando a televis�o foi inventada, muitos cr�ticos asseguravam que a novidade acabaria com o r�dio. Mas n�o foi exatamente o que aconteceu. As formas de produzir programas para o ve�culo e os modos de acompanhar o r�dio se adaptaram, mas a plataforma at� hoje mant�m sua import�ncia. Agora, um processo semelhante ocorre com a televis�o. Apesar de alguns acreditarem que a expans�o da internet, bem como de novos aparelhos, como tablets e smartphones, dever� tomar o lugar do televisor, pesquisas mostram que o consumo dos programas televisivos ainda � crescente.

Segundo levantamento da Motorola, em 17 pa�ses com consumidores de canais de comunica��o, incluindo o Brasil, mostrou que o tempo m�dio diante da TV chega a 19 horas semanais. “Em vez de assistirem menos a televis�o, por conta de outros competidores, as pessoas est�o assistindo a mais v�deos. A expectativa de que o consumo na telinha cairia devido a novos aparelhos, como os tablets, n�o se confirma. O televisor se mant�m e multiplica-se o consumo feito por outras formas”, afirma Marcos Takanohashi, diretor de Home da Motorola Mobility.

O principal fen�meno observado � o chamado de segunda tela, pois, ao mesmo tempo em que assiste a um programa, o espectador tende a usar outra plataforma. No Brasil, 62% dos entrevistados da pesquisa usam o conceito de tev� em m�ltiplas telas (smartphone, tablet, notebook etc.), gravando os conte�dos nesses mesmos aparelhos. O pa�s tem um n�mero superior ao Jap�o, por exemplo, conhecido por consumir tecnologia de ponta e que na pesquisa registra apenas 33%.

Assim, os espectadores deixam de consumir de forma passiva o conte�do e passam a comentar, e mesmo interferir na programa��o, principalmente pelas redes sociais. “Apesar das novas tecnologias, os h�bitos continuam basicamente os mesmos. Conversar sobre atra��es era comum e apenas passou a ser feito nas plataformas de relacionamento, principalmente no Twitter e no Facebook, por exemplo”, explica Andre Terra, CEO do site QualCanal, que mede e avalia os coment�rios feitos nas redes relativos a emissoras de tev�.

NOVIDADES

A continuidade dos costumes tamb�m explica a manuten��o da visibilidade da televis�o. “O brasileiro tradicionalmente re�ne fam�lia e amigos para assistir TV. Essas pr�ticas n�o devem mudar t�o cedo, mesmo com outras alternativas”, afirma Terra. As novas tecnologias, como o sinal digital e as Smart TVs, proporcionam a expans�o de outro aspecto: a interatividade. Em pa�ses como os Estados Unidos, empresas come�aram a usar essas inova��es. J� � poss�vel, por exemplo, comprar ingressos ou pedir pizzas diretamente da televis�o. Al�m disso, algumas marcas oferecem a possibilidade de conte�dos extras, para isso, basta clicar nos bot�es do controle remoto.

Apesar dos avan�os, Andr� Terra acredita que essas novidades demorem um pouco para chegar ao Brasil. “Al�m de a tecnologia ainda n�o ter se multiplicado, as emissoras nacionais s�o um pouco relutantes em sujar a tela com �cones e temem que o espectador se disperse”, comenta. O especialista em m�dias digitais Renan Ribeiro concorda com Andr�: “Por enquanto, as emissoras devem manter contato e ofertar conte�dos apenas na segunda tela, em sites, aplicativos e redes sociais”. Mas Renan acredita que as inova��es ser�o prov�veis no futuro. “Cada vez mais, o p�blico jovem consegue ser multitarefa, fazer v�rias coisas ao mesmo tempo. Logo, no futuro, a interatividade dever� chegar diretamente pela TV.”

PROGRAMA��O EXTENDIDA

Segundo a pesquisa da Motorola Mobility, entre 2011 e 2012, subiu de 34% para 43% a porcentagem de pessoas que preferem assistir a v�deos em tablets, smartphones e laptops fora do ambiente residencial. O pa�s est� acima da m�dia global, que � de 38%, e dos Estados Unidos, que diminu�ram o interesse em ver essas atra��es.

A tend�ncia � observada de perto por emissoras de televis�o, que disponibilizam conte�dos extras em sites ou perfis de redes sociais. Algumas foram al�m e passaram a criar aplicativos para complementar a programa��o. Isso � mais comum em canais de esporte, em que o espectador pode acompanhar em tempo real dados estat�sticos, rever lances ou verificar futuros jogos do time. Caso do estudante de comunica��o Alexandre Quadros, de 20 anos, que usa o tablet para estar por dentro de tudo que acontece com seu time, o Corinthians. “Depois dos jogos, procuro v�deos com os melhores momentos, informa��es dos treinos ou outros dados interessantes do clube”, relata.

“Os aparelhos e os aplicativos tendem a complementar a realidade. Em um jogo, por exemplo, � poss�vel ouvir a partida com o narrador favorito ou acompanhar informa��es e estat�sticas”, afirma Renan Ribeiro, analista de m�dias digitais. Diferentemente dos canais de tev�, um dos atrativos da internet � a possibilidade de assistir a v�deos a qualquer momento. E as emissoras est�o levando em conta essa proposta. Algumas j� come�aram a disponibilizar os conte�dos na rede. Sites como Muu, Netflix, entre outros, entregam para assinantes programas vistos nos canais a cabo, por exemplo.

Para Marcos Takanohashi, diretor de Home da Motorola Mobility, ainda faltam acordos para trazer programas populares a servi�os como esse. “L� fora, se voc� perde o novo epis�dio de Game of thrones, por exemplo, pode baixar imediatamente no iTunes ou ver em streaming. Aqui, supomos que voc� queira ver um programa produzido por um canal fechado. Na maioria das vezes, isso s� se encontra no YouTube, geralmente sem boa qualidade”, aponta.

Entretanto, o especialista afirma que h� experi�ncias interessantes nesse sentido. “O Now, da Net, � um exemplo, pois disp�e a qualquer momento dos filmes exibidos pelo Telecine. Entretanto, para que esse lado ande mais r�pido, � preciso ter mais prestadores de servi�os.” A divis�o entre programas de televis�o e internet pode acabar com o tempo. “J� temos canais semelhantes aos de tev� na rede, no YouTube por exemplo. A tend�ncia � que haja unidade entre esses meios de entretenimento”, explica Andr� Terra, CEO do site QualCanal.

 


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