Impress�o em 3D se aprimora, mas ainda n�o � comercial

 

Doces. Adere�os de moda. Sapatos. Arma��es de �culos. Brinquedos. Estatuetas. Pe�as de xadrez. Essas s�o apenas algumas possibilidades da impress�o 3D, tecnologia continuamente aprimorada. Nas previs�es otimistas, sua ado��o ser� breve. Para os mais cr�ticos, est� longe de alimentar uma linha de produ��o e, portanto, longe do dia a dia das pessoas.

Com a��car e um �nico sabor adicionado, a impressora ChefJet Pro � capaz de produzir guloseimas colorid�ssimas, prontas para agradar clientes de hot�is e restaurantes. Por US$ 10 mil, o mercado entregar� a engenhoca, prevista para estar � venda no segundo semestre de 2014. Vir� at� com livro de receitas e ter� tamb�m uma vers�o menor, que custar� US$ 5 mil. A impressora foi mostrada na Consumer Eletronic Show, em Las Vegas, no come�o de janeiro.

A impress�o tridimensional existe h� mais de 20 anos, mas ganhou popularidade recentemente com a melhora tecnol�gica e um custo mais acess�vel para amantes da bricolagem, assim como artistas e empreendedores. Em novembro do ano passado, um desfile em Paris mostrou vestidos e adere�os impressos em 3D na “3D Print Show”. Na CES, h� cinco anos, a empresa Brooklyn MakerBot era a �nica fabricante de impressoras tridimensionais a expor produtos, mas na edi��o deste ano teve v�rios concorrentes.

O l�der da banda Black Eyed Peas, Will.i.am, contratado como diretor criativo da 3D Systems, acha que a tecnologia far� para muitos objetos b�sicos o que o iTunes – loja virtual da Apple – fez pela m�sica. Para o cantor, daqui a uma d�cada "as impressoras em 3D estar�o nas casas, assim como as geladeiras, os televisores e os micro-ondas" est�o hoje e produzir�o objetos como sapatos, cintos e acess�rios, atualmente comprados nas lojas.
 

TIJOLO POR TIJOLO Pl�stico biodegrad�vel feito de milho, aplicado em camadas e moldado em laser com placas quentes, � o material que vai para a impressora para ser transformado em “n” coisas. "Pensem nisso como camadas de tijolos microsc�picos. Se voc� coloca tijolos suficientes, cria uma constru��o", explica Roger Chang, diretor-geral da Singapur Pirate 3D, que produz uma impressora para a empresa Buccaneer vendida a US$ 497. Para a porta-voz da pioneira MakerBot, Jenifer Howard, 2014 � o ano da impress�o 3D. "Empreendedores sem muito apoio econ�mico podem criar seus prot�tipos e inclusive fabricar em pequena escala", afirmou.

Segundo a porta-voz, as impressoras da MakerBot t�m sido usadas, inclusive, pelo grupo aeroespacial americano Lockheed Martin para fabricar uma parte de um telesc�pio que deve ser lan�ado dentro de quatro anos, enquanto na �frica serviram para confeccionar pr�teses de m�o a um d�cimo do pre�o normal. Os c�digos digitais da "m�o-rob�" foram baixados 55 mil vezes, segundo a MakerBot, que oferece gratuitamente uma ampla base de dados de c�digos de impress�o em seu site. Suas impressoras de quinta gera��o s�o vendidas ao pre�o de US$ 1.375 a US$ 6,5 mil.

DESAFIO "A maioria das pessoas n�o imprime sua pr�pria capa de smartphone ou sua mochila", afirma Stephen Baker, analista do NPD Group. "Hoje em dia, h� energia em um setor que era ins�pido. Mas provavelmente estamos muito longe de transformar o sistema de produ��o." Para Roger Chang, os fabricantes de brinquedos independentes poder�o ser aqueles que levar�o as impressoras 3D ao grande p�blico. "Da mesma forma que o iTunes permitiu aos m�sicos independentes se expandir, colocando suas m�sicas on-line com c�digos digitais, os desenvolvedores de brinquedos independentes podem permitir aos seus clientes imprimir os brinquedos sem terem que se preocupar com grandes or�amentos ou acordos de distribui��o", explicou. O desafio est� lan�ado.

Andrew Boggeri, engenheiro da empresa Las Vegas Full Spectrum Laser, tamb�m citou um estudo que destaca que os lares dos Estados Unidos poderiam economizar at� US$ 2 mil a cada ano se imprimirem as pe�as de reposi��o de 27 tipos de objetos que se quebrarem, o que torna o pa�s "uma estufa para impress�o em 3D".