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Estado de Minas

Experi�ncia de interface c�rebro-m�quina pode levar � cura da paralisia


21/02/2014 09:23

PARIS - Cientistas que trabalham na cura da paralisia anunciaram ter demonstrado como um macaco pode usar a for�a do pensamento para, atrav�s de eletrodos, manipular o bra�o de um amigo primata adormecido para atender os seus comandos.

A experi�ncia de laborat�rio, na qual a m�o de um macaco Rhesus totalmente sedado manipulou um joystick para executar tarefas determinadas pelo outro macaco, foi desenvolvida para simular uma paralisia completa, quando o c�rebro se desconecta completamente do m�sico que tenta controlar.

"N�s demonstramos que um indiv�duo consegue controlar um membro paralisado usando unicamente seus pensamentos", explicou � AFP a co-autora do estudo, Maryam Shanechi, da Escola de Engenharia El�trica e de Computadores da Universidade Cornell a respeito do estudo publicado na edi��o desta semana da revista especializada Nature Communications.

A descoberta "tem potencial para ajudar pacientes paralisados a recuperar o controle de seus pr�prios membros".

Em testes de laborat�rio, uma equipe de engenheiros e neurocientistas usou eletrodos para conectar o c�rebro de um macaco � espinha dorsal de outro atrav�s de um computador, que decodificou e retransmitiu os sinais neurol�gicos.

O primeiro macaco, apelidado de "mestre", foi colocado em uma cadeira especial diante da tela de um computador que exibia um cursor e um c�rculo verde que se alternavam entre dois pontos. A cabe�a do macaco permaneceu presa.

O segundo macaco, apelidado de "avatar", foi totalmente sedado em um recinto em separado - com o bra�o atado a um joystick de 360 graus com o qual movia o cursor em busca do alvo circular na tela do "mestre".

Quando o mestre pensou em mover o cursor, seus sinais cerebrais foram decodificados para determinar qual dos dois alvos ele tinha em mente e os dados foi transmitido em tempo real � coluna espinhal do avatar adormecido, cujo bra�o manipulou o joystick de acordo.

A cada vez que o cursos atingiu seu alvo, o mestre recebeu um esguicho de suco como recompensa.

Prova de conceito
Pesquisas pr�vias sobre as chamadas interfaces c�rebro-m�quina (BMI, na sigla em ingl�s) j� tinham mostrado as pessoas movendo cursores de computador ou at� mesmo bra�os mec�nicos usando a for�a do pensamento.

Mas Shanechi e sua equipe afirmam que essa foi a primeira a dar a um animal o controle sobre o membro vivo de outro animal.

As descobertas "d�o uma prova de conceito de que s� com o pensamento, os indiv�duos podem mover um bra�o em duas dimens�es" mesmo se liga��o fisiol�gica entre o c�rebro e o m�sculo, afirmou.

A paralisia pode ser provocada pelo dano no sistema nervoso central, especialmente na coluna espinhal, devido a derrames ou doen�as como o mal de Parkinson, ou at� mesmo um acidente.

Os cientistas querem encontrar uma forma de que pessoas com paralisia consigam mover seus pr�prios membros de forma natural, mas descobriram que � dif�cil ler os sinais do c�rebro que controlam o complexo funcionamento dos m�sculos.

Segundo os autores do estudo, pesquisas anteriores com BMI permitiram apenas executar movimentos repetidos na dire��o do mesmo alvo ou em uma �nica linha.

O que � diferente agora � que Shanechi e sua equipe decodificaram os sinais cerebrais que o macaco direcionou para seu alvo na tela ao inv�s de tentar decifrar os processos passo a passo necess�rios para se executar o movimento.

Alta precis�o

A dupla de primatas, mestre e avatar, atingiu o alvo em 84% dos casos, afirmaram os cientistas.

Outra novidade foi o uso de dois macacos separados, que "imitam mais de perto uma situa��o real de tetraplegia", afirmou o co-autor do estudo, Ziv Williams, do Centro de Reparo do Sistema Nervoso da Escola de Medicina de Harvard.

Ao conectar o c�rebro e os m�sculos de um �nico animal, os cientistas nunca podem ter certeza de quanto do movimento alcan�ado � "confundido com um poss�vel feedback sensorial de contra��es musculares preservadas", explicou.

Bernard Conway, diretor de engenharia biom�dica da Universidade de Strathclyde, em Glasgow, comentou que a pesquisa foi "um avan�o-chave" na identifica��o da inten��o de um indiv�duo paralisado ou no desejo de executar um movimento espec�fico e traduzi-lo em a��o.

O professor de engenharia biom�dica da Universidade de Warwick, Christopher James, acrescentou que as descobertas tinham "profundas implica��es para o controle de membros na les�o da medula espinhal ou no controle de membros prost�ticos no lugar de membros amputados".

N�o ficou clara, no entanto, a efic�cia de replica��o desta descoberta em pacientes paralisados, que perderam a for�a dos m�sculos com a falta de uso.

 


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