
O Painel Intergovernamental sobre Mudan�a do Clima (IPCC), da ONU, recomenda que os governos devem agir de forma r�pida e agressiva se quiserem evitar as consequ�ncias mais s�rias da mudan�a no clima mundial. "O trem-bala da mitiga��o teria de deixar a esta��o logo, e a sociedade teria de embarcar", disse o presidente do painel, Rajendra Pachauri, em entrevista coletiva em Berlim.
O documento diz que as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa e que podem estar provocando um aquecimento global cresceram mais rapidamente entre 2000 e 2010 do que em cada uma das tr�s d�cadas anteriores. A crise econ�mica global de 2007/2008 reduziu temporariamente as emiss�es, mas n�o mudou a tend�ncia.
O relat�rio inclui v�rios cen�rios poss�veis com medidas para mitigar o aquecimento global. O IPCC diz que o crescimento econ�mico e o da popula��o superaram a expans�o das tecnologias de energia mais eficientes. O �rg�o pede coordena��o internacional para lidar com os desafios associados � mudan�a do clima; entre as medidas sugeridas est�o o estabelecimento de institui��es que estabele�am pre�os para as emiss�es de g�s carb�nico, a ado��o de impostos sobre emiss�es e o aumento dos investimentos em energia renov�vel.

V�rios estudos mostram que a temperatura m�dia da Terra j� se aqueceu em 0,8°C desde 1900. Em 2010, os governos de quase 200 pa�ses concordaram em reduzir as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa, de modo a assegurar que a temperatura m�dia do planeta n�o suba mais de 2°C acima dos n�veis anteriores � Revolu��o Industrial.
Cientistas dizem que � crucial evitar aquela eleva��o de 2°C na temperatura m�dia da Terra, porque uma eleva��o traz riscos de mudan�as de alto impacto, como o derretimento do gelo da Groenl�ndia, cujo custo poderia ser inaceitavelmente alto. No atual ritmo de emiss�es de gases do efeito estufa, a ONU sugere que a eleva��o de 2°C ser� atingida mais cedo, e n�o mais tarde.
Caso as emiss�es sejam reduzidas, mas permane�am em n�veis elevados, os modelos dos cientistas indicam que o aquecimento global atingir� de 1°C e 2.2°C acima dos n�veis pr�-industriais at� a metade deste s�culo. Mas se as emiss�es forem mantidas no n�vel atual, a previs�o para a metade do s�culo � uma eleva��o de 2°C a 3,2° acima dos n�veis pr�-industriais.
"Somente uma grande mudan�a institucional e tecnol�gica dar� uma chance maior de 50% de que o aquecimento global n�o supere aqueles limites", diz o relat�rio. O IPCC conclui que as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa ter�o de ser reduzidas at� meados do s�culo em 40% a 70% em compara��o com o n�vel de 2010, e para perto de zero at� o fim do s�culo.
"Uma variedade de op��es est� sendo oferecida aos governos, e eles poder� tomar as decis�es que quiserem", disse o cientista Ed Hawkins, da Universidade de Reading, na Inglaterra, autor de um relat�rio anterior do IPCC.
Mudan�as de grande escala, exigidas especialmente dos governos e dos setores de transportes e gera��o de energia, v�o requerer gastos enormes e t�m sido objeto de controv�rsias e de resist�ncia significativa em v�rios setores. Pachauri disse que a an�lise dos custos e benef�cios de medidas para mitigar o aquecimento global � "uma quest�o complicada", mas advertiu contra dar um pre�o em d�lar � perda de vidas humanas, ecossistemas, oceanos e vida mar�tima amea�ados pela mudan�a no clima global. "A quest�o do custo tem de ser vista do ponto de vista do que acontecer� se n�o adotarmos essas medidas", acrescentou.
Ele tamb�m disse que tem "todas as raz�es para ser otimista" com a perspectiva de que os governos levem em conta as recomenda��es. A �ntegra do relat�rio em ingl�s est� dispon�vel em O Painel Intergovernamental sobre Mudan�a do Clima (IPCC), da ONU, recomenda que os governos devem agir de forma r�pida e agressiva se quiserem evitar as consequ�ncias mais s�rias da mudan�a no clima mundial. "O trem-bala da mitiga��o teria de deixar a esta��o logo, e a sociedade teria de embarcar", disse o presidente do painel, Rajendra Pachauri, em entrevista coletiva em Berlim.
O relat�rio divulgado neste domingo, intitulado Mudan�a Clim�tica 2014: Mitiga��o da Mudan�a de Clima, � o terceiro e �ltimo dos que foram produzidos por tr�s grupos de trabalho. Ao lado de um relat�rio de s�ntese que deve sair em outubro deste ano, eles v�o compor o 5º Relat�rio de Avalia��o do IPCC, previsto para 2015.
O documento diz que as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa e que podem estar provocando um aquecimento global cresceram mais rapidamente entre 2000 e 2010 do que em cada uma das tr�s d�cadas anteriores. A crise econ�mica global de 2007/2008 reduziu temporariamente as emiss�es, mas n�o mudou a tend�ncia.
O relat�rio inclui v�rios cen�rios poss�veis com medidas para mitigar o aquecimento global. O IPCC diz que o crescimento econ�mico e o da popula��o superaram a expans�o das tecnologias de energia mais eficientes. O �rg�o pede coordena��o internacional para lidar com os desafios associados � mudan�a do clima; entre as medidas sugeridas est�o o estabelecimento de institui��es que estabele�am pre�os para as emiss�es de g�s carb�nico, a ado��o de impostos sobre emiss�es e o aumento dos investimentos em energia renov�vel.
Ottmar Edenhofer, um dos presidentes do grupo de trabalho que preparou esse relat�rio, disse que qualquer demora na ado��o de medidas far� os cursos crescerem mais tarde, e que a redu��o da mudan�a clim�tica n�o ser� conseguida "se empresas e governos avan�arem seus interesses independentemente". Ele ressalvou que adotar medidas para mitigar o aquecimento global "n�o significa que a comunidade mundial ter� de sacrificar crescimento. A pol�tica clim�tica n�o � um almo�o gr�tis, mas poder� ser um almo�o que vale a pena comprar".
V�rios estudos mostram que a temperatura m�dia da Terra j� se aqueceu em 0,8°C desde 1900. Em 2010, os governos de quase 200 pa�ses concordaram em reduzir as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa, de modo a assegurar que a temperatura m�dia do planeta n�o suba mais de 2°C acima dos n�veis anteriores � Revolu��o Industrial.
Cientistas dizem que � crucial evitar aquela eleva��o de 2°C na temperatura m�dia da Terra, porque uma eleva��o traz riscos de mudan�as de alto impacto, como o derretimento do gelo da Groenl�ndia, cujo custo poderia ser inaceitavelmente alto. No atual ritmo de emiss�es de gases do efeito estufa, a ONU sugere que a eleva��o de 2°C ser� atingida mais cedo, e n�o mais tarde.
Caso as emiss�es sejam reduzidas, mas permane�am em n�veis elevados, os modelos dos cientistas indicam que o aquecimento global atingir� de 1°C e 2.2°C acima dos n�veis pr�-industriais at� a metade deste s�culo. Mas se as emiss�es forem mantidas no n�vel atual, a previs�o para a metade do s�culo � uma eleva��o de 2°C a 3,2° acima dos n�veis pr�-industriais.
"Somente uma grande mudan�a institucional e tecnol�gica dar� uma chance maior de 50% de que o aquecimento global n�o supere aqueles limites", diz o relat�rio. O IPCC conclui que as emiss�es dos gases que provocam o efeito estufa ter�o de ser reduzidas at� meados do s�culo em 40% a 70% em compara��o com o n�vel de 2010, e para perto de zero at� o fim do s�culo.
"Uma variedade de op��es est� sendo oferecida aos governos, e eles poder� tomar as decis�es que quiserem", disse o cientista Ed Hawkins, da Universidade de Reading, na Inglaterra, autor de um relat�rio anterior do IPCC.
Mudan�as de grande escala, exigidas especialmente dos governos e dos setores de transportes e gera��o de energia, v�o requerer gastos enormes e t�m sido objeto de controv�rsias e de resist�ncia significativa em v�rios setores. Pachauri disse que a an�lise dos custos e benef�cios de medidas para mitigar o aquecimento global � "uma quest�o complicada", mas advertiu contra dar um pre�o em d�lar � perda de vidas humanas, ecossistemas, oceanos e vida mar�tima amea�ados pela mudan�a no clima global. "A quest�o do custo tem de ser vista do ponto de vista do que acontecer� se n�o adotarmos essas medidas", acrescentou.
Ele tamb�m disse que tem "todas as raz�es para ser otimista" com a perspectiva de que os governos levem em conta as recomenda��es. A �ntegra do relat�rio em ingl�s est� dispon�vel em https://www.ipcc.ch/report/ar5/wg3/.