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Estado de Minas

FAO: mudan�as clim�ticas na Am�rica do Sul afetam alimenta��o mundial


12/05/2014 08:52

SANTIAGO - As secas e o aumento da temperatura provocados pelas mudan�as clim�ticas na Am�rica do Sul, considerada o celeiro do mundo, afetar�o a seguran�a alimentar do mundo todo, alertou a FAO nesta quarta-feira.

"N�o � um tema do futuro, mas do presente, e os impactos s�o muito maiores do que pens�vamos", disse a jornalistas estrangeiros Jos� Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, que abre nesta quarta-feira sua 33ª reuni�o regional em Santiago.

As repetidas secas, como a que castiga atualmente o sul do Brasil, j� � um sinal de que as mudan�as clim�ticas n�o s�o coisa do futuro.

"A Am�rica do Sul se tornou o celeiro do mundo. O impacto na Am�rica do Sul afeta a seguran�a alimentar do planeta. E j� estamos vendo isso", destacou o diretor da Organiza��o das Na��es Unidas para a Agricultura e a Alimenta��o.

Como as mudan�as clim�ticas v�o afetar a economia? Principalmente, reintroduzindo a incerteza, advertiu.

"Tinha-se a ideia de que o mundo tinha se transformado em um grande supermercado, que a gente podia comprar o que quisesse, quando quisesse (...) T�nhamos alcan�ado uma situa��o de pleno abastecimento. Agora, as mudan�as clim�ticas reintroduzem o tema de que n�o sabemos o que vai acontecer", resumiu Graziano.

A incerteza afetar� todo o com�rcio, determinar� a volatilidade dos pre�os internacionais das 'commodities' e a quase obriga��o dos pa�ses em assegurar o abastecimento interno, com pol�ticas que j� tinham sido abandonadas como ter estoques de emerg�ncia, explicou.

Transg�nicos como solu��o?

At� agora, o mundo est� se alimentando sem transg�nicos, alimentos geneticamente modificados para resistir a secas ou potencializar seu crescimento ou apar�ncia.

S�o uma novidade, e � exce��o do milho e da soja, n�o s�o relevantes, segundo Graziano, que insistiu em separar a pol�mica pol�tica dos avan�os cient�ficos que podem ajudar a combater as mudan�as clim�ticas.

"Transg�nicos n�o s�o apenas sementes da Monsanto (multinacional de sementes transg�nicas). Essa confus�o acaba com o assunto, o transforma em um tema pol�tico, o do monop�lio das sementes, que � outra coisa", insistiu, taxativo.

Os transg�nicos n�o atingem apenas a agricultura: h� alguns exemplos de aplica��o da tecnologia da transgenia em mosquitos, que ajuda a combater a dengue, ou em plantas de tabaco que geram insulina para os humanos.

Para Graziano, o importante � continuar pesquisando e guardar todos os avan�os que possam servir no futuro.

"� como a energia at�mica, est� a�, guardada. Tem seus riscos e � preciso ter todo o sistema de prote��o para isto. A FAO investe muito no tema da biosseguran�a com transg�nicos e em dar ao consumidor o direito de escolha: que fique claro na rotulagem se o produto tem ou n�o transg�nicos", explicou.

Para conseguir que os 47 milh�es de latino-americanos (7,9% da popula��o) que passam fome atualmente consigam super�-la, o diretor da FAO n�o abre m�o de nada.

"N�o descarto nenhuma arma contra a fome. � uma luta sem tr�gua e sem quartel. Podemos erradicar a fome, temos que utilizar todos os esfor�os, e se os transg�nicos s�o uma possibilidade no futuro, n�o temos que descart�-los agora", afirmou.

No entanto, na regi�o do planeta que mais alimentos produz, a fome hoje n�o � um problema de produ��o, mas de acesso, devido � baixa renda e � falta de recursos como terra ou �gua, concluiu.

 


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