
“� preciso que se entenda que intelig�ncia digital e redes sociais j� n�o s�o mais apenas uma plataforma tecnol�gica, e sim ve�culos de comunica��o, que j� ca�ram no gosto do usu�rio. Quem entende isso, seja governo, seja iniciativa privada, consegue levar o que h� de melhor para o seu neg�cio”, diz o vice-presidente-executivo da Sucesu Minas, Leonardo Bartoletto, ao justificar a escolha do assunto para a discuss�o.
Para o diretor do Gartner (empresa de consultoria), Celso Chapinotte, o mundo vive hoje o in�cio de uma revolu��o industrial digital, salientando que, h� dois anos, o instituto vem identificando sinais de que empresas est�o sendo engolidas por estarem despreparadas para essa realidade. “Nossos dados indicam que 52% dos grandes executivos mundiais reconhecem que seus neg�cios n�o estavam prontos para enfrentar os novos desafios digitais. Eles revelam, ainda, que um quarto das empresas que se destacam no mercado v�o perder posi��o para outra mais nova (criada j� nos anos 2000) at� 2017. As redes sociais s�o um importante componente desse universo digital. Os l�deres t�m de perceber isso e levar o conhecimento para suas organiza��es”, afirma.

Intelig�ncia para agir
Tamb�m participante do painel Intelig�ncia Digital e Redes Sociais, o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Funda��o Instituto Administra��o (FIA) Gil Giardelli concorda que o Brasil est� ainda engatinhando no mundo digital. “Enquanto estamos preocupados em eleger um Tiririca, em S�o Paulo, a China lan�a, no mercado de a��es, uma empresa que vale US$ 25 bi, a Alibaba, especializada em com�rcio on-line. Isso ocorre porque, l�, h� projetos digitais para neg�cio. O Brasil tem de ousar mais e usar a tecnologia e as m�dias digitais como neg�cio, e n�o simplesmente como brincadeira. Afinal, ser um jovem digital n�o � apenas uma quest�o de idade, mas sim de cabe�a para entender o alcance disso tudo”, define.

Custos e benef�cios
As plataformas sociais aumentam a exposi��o das marcas, criam intera��o com clientes, ajudam a aumentar a produtividade, al�m, l�gico, de serem um canal de comunica��o do usu�rio. Mas onde ficam a� quest�es relacionadas � �tica, � privacidade, � seguran�a? At� que ponto � confort�vel a algu�m expor sua vida na internet e qual o benef�cio recebe em troca?

O Google, hoje, envia para o usu�rio informa��es sobre o voo dele, se est� atrasado, se h� algum problema no aeroporto etc. Leva a� uma comodidade � pessoa, mas para fazer isso, deixa claro que ele est� de olho na vida dela. Cabe ao usu�rio ent�o decidir se quer conforto, sem se importar com essa intromiss�o em sua vida, ou se prefere privacidade total”, diz.