Para a v�tima, resta o constrangimento e o trabalho de limpar o nome. Isso sem contar as dezenas de liga��es di�rias de cobradores em outras cidades. A tarefa envolve paci�ncia e, algumas vezes, pode acabar nos tribunais.
Na maioria dos casos, a pessoa lesada pode resolver o problema nas pr�prias empresas. Primeiramente, o contribuinte deve pedir um extrato detalhado ao �rg�o de prote��o em que est� negativado, para comprovar a origem da d�vida. Depois disso, � preciso entrar em contato com a empresa respons�vel pela negativa��o, por meio do Servi�o de Atendimento ao Consumidor (SAC), ou escrever uma carta de pr�prio punho afirmando desconhecer o d�bito.
Em todos os contatos, � importante que o cliente pe�a o n�mero do protocolo na empresa respons�vel e tire c�pia da contesta��o escrita a m�o. O cidad�o tamb�m deve pedir que a empresa emita algum documento que comprove o recebimento da carta, com data, assinatura e carimbo.
Quando o cliente descobre a negativa��o ao fazer uma compra no com�rcio local, deve falar com o gerente do estabelecimento, explicando a situa��o. � recomendado pedir uma declara��o formal do gerente que possa ser usada como prova.
Justi�a
O problema aprofunda-se quando a empresa se recusa a limpar o nome do consumidor. Nesse caso, a sa�da costuma ser a Justi�a. O consumidor deve juntar a documenta��o obtida – n�mero de protocolo, carta de pr�prio punho e declara��o do gerente – e entrar com pedido de retirada do nome do cadastro de devedores. A v�tima tamb�m pode pedir indeniza��o por danos morais.
A retirada do nome dos �rg�os de prote��o ao cr�dito pode ser feita por meio de liminar, que tem tramita��o r�pida e dispensa a espera para o processo acabar. Munido de toda a documenta��o, o cliente pode marcar atendimento nos pr�prios �rg�os de prote��o e contestar o lan�amento no cadastro de devedores sem pedido de liminar, mas a an�lise do caso � individual.
Preven��o
A melhor sa�da para evitar transtornos ainda � a preven��o, com o cliente desconfiando de qualquer mensagem, liga��o e forma de contato recebida. Em rela��o a e-mails, o consumidor deve identificar a proced�ncia do endere�o da mensagem e evitar clicar em links e instalar qualquer programa. No caso de liga��es telef�nicas que pe�am dados sens�veis, o cliente deve pedir a identifica��o do atendente e o n�mero do protocolo. O ideal � desligar a chamada e ligar de volta, tentando retomar o atendimento com base no n�mero do protocolo.
Uma das principais fontes de golpes, o whatsapp deve ter a identifica��o em duas etapas ativada. Por meio desse recurso, o usu�rio criar� uma senha de seis algarismos que dever� ser digitada periodicamente ao ler as mensagens. O c�digo inibe clonagens e aumenta a seguran�a do aplicativo. Em rela��o a cart�es de cr�dito, � recomendado usar cart�es virtuais em compras online. Al�m de poderem ser facilmente exclu�dos, os cart�es virtuais n�o est�o em outros vazamentos de dados.
No caso de sites do governo, como o Portal de Servi�os P�blicos do Governo Federal (gov.br) o Meu INSS e o aux�lio emergencial, � recomendado trocar as senhas ap�s o vazamento em massa.