Euro Truck: o jogo de caminh�o que conquistou os gamers

O transporte rodovi�rio � respons�vel por 60% da circula��o de produtos no Brasil. E por tr�s dos milhares de caminh�es que cruzam o pa�s todos os dias, se desenvolveu uma cultura de pessoas apaixonadas por caminh�es. No mundo dos games, n�o � diferente. No Sabia N�o, Uai! de hoje vamos falar do sucesso de “Euro Truck Simulator 2”.

O jogo, que simula a experi�ncia de dirigir um caminh�o, � ambientado na Europa. Por�m, jogadores por todo o mundo criam modifica��es para deixar o jogo com uma experi�ncia mais “local”. Uma dessas modifica��es � o EAA, que acrescenta, em escala reduzida, cerca de 850 cidades da Am�rica do Sul ao jogo, a maioria delas no Brasil. 

Conversamos com o criador do EAA, Roberto Restanho, para conhecer a comunidade brasileira dentro do “Euro Truck Simulator 2”.

“Euro Truck Simulator 2” (ETS2) foi lan�ado em 2012 pela SCS Software, uma desenvolvedora da Rep�blica Tcheca especializada em simuladores. Por quase uma d�cada, entre 2002 e 2011, a empresa desenvolveu jogos para a s�rie “18 Wheels of Steel”, que tamb�m buscava simular a dire��o de um caminh�o.

Em “ETS2”, o jogador realiza entregas pela Europa. No come�o com caminh�es de empresas, mas depois comprando os pr�prios caminh�es, reboques, garagens e montando a pr�pria empresa, contratando outros motoristas.

N�o h� uma grande hist�ria ou grandes acontecimentos, mas isso n�o impediu que o jogo conquistasse milh�es de jogadores, j� sendo vendidas mais de 9 milh�es de c�pias. Um dos fatores que contribui para o sucesso do game � a possibilidade de criar “mods”, que s�o modifica��es no jogo criadas pelos pr�prios jogadores.

Os “mods” permitem acrescentar novos caminh�es, reboques, pinturas, ferramentas e at� cidades e rodovias. Um dos maiores mods � o EAA, criado pelo engenheiro mec�nico Roberto Restanho, que acrescenta, em escala reduzida, mais de 850 cidades do Brasil e de outros pa�ses da Am�rica do Sul.

“Acho que estrategicamente a SCS acertou em cheio com a possibilidade que a comunidade tem de criar mods. O jogo por si talvez n�o fizesse tanto sucesso se n�o existissem pessoas criando conte�dos adicionais para o jogo e, obviamente, o fato da SCS permitir que isso aconte�a. A partir do momento que a desenvolvedora cria uma estrutura que eu posso inserir uma modifica��o minha e ela funciona no jogo, isso torna o jogo muito mais vivo, torna o jogo muito mais din�mico”, explica Restanho.

Devido ao sucesso de “Euro Truck Simulator 2” nos Estados Unidos, a SCS lan�ou em 2016 “American Truck Simulator”, jogo ambientado em solo americano. Ambos os jogos foram criados usando a mesma base, o que permite que algumas ferramentas sejam lan�adas simultaneamente nos dois jogos. � o caso do modo multiplayer (ou multijogador), lan�ado pela SCS Software em julho deste ano.

No modo multiplayer, � poss�vel at� 8 jogadores se conectarem e dirigirem juntos pelas estradas. Segundo Restanho, o lan�amento do modo multijogador � um pedido antigo dos f�s da s�rie “Truck Simulator”.

“Atualmente, eu vejo um pouquinho de frustra��o na comunidade porque o modo multiplayer foi lan�ado com algumas restri��es. Por exemplo, s� � poss�vel abrir um servidor para 8 jogadores, ainda n�o � poss�vel utilizar mods junto com o multiplayer. Por�m, eu j� testei o modo Multiplayer, joguei com alguns amigos, e eu acho que vai ser um sucesso total e absoluto dentro da comunidade”.

Apesar de ter “simulator” no nome, o ETS2 n�o exige que o jogador fa�a uma auto escola para conseguir se divertir. H� v�rias op��es e ajustes que tornam o jogo acess�vel para quem nunca teve a experi�ncia de uma dire��o real.

Para Restranho, a exist�ncia destes dois modos de jogo, o mais “arcade” e o mais “simulator”, foi um dos principais fatores para o sucesso do “ETS2”.

“A SCS conseguiu, com essas op��es, atender os dois lados. Ela atende pessoas como eu, por exemplo, que gostam de um n�vel de simula��o extremo, e outros jogadores que est�o l� descompromissados com a realidade e querem apenas dirigir um caminh�o”.

*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Rafael Alves