
� �poca, Aline chegou a procurar por aplicativos que fizessem essa intermedia��o, mas n�o encontrou. "Levei a ideia para a minha s�cia, Mar�lia (Rochedo), que � da �rea de tecnologia, mas ela engravidou e acabamos n�o conseguindo tocar o projeto", lembra.

Fomento
Foram dois anos entre o primeiro esbo�o, em 2017, e o in�cio do desenvolvimento do aplicativo, em 2019. At� que a empreendedora comentou sobre a ideia com uma amiga que � defensora p�blica. "Ela me incentivou, mandava mensagens dizendo que a ideia poderia ajudar muitas pessoas". Nessa altura, entrou para a equipe um novo s�cio, Daniel Romani, que tamb�m trabalha com a parte de desenvolvimento tecnol�gico da ferramenta.
Com a ideia amadurecida, foi preciso buscar formas de tirar a empresa do papel. "Eu sou arquiteta de forma��o, estava formada h� pouco tempo e desgastada com a carreira", conta Aline. Ela diz que foi um salto at� se tornar uma empres�ria. Nesse processo, duas estruturas foram fundamentais: o Centro de Empreendimentos em Inform�tica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEI/UFRGS) e os programas de acelera��o do Sebrae no estado.
"A universidade nos deu muito apoio. Tudo o que ela oferece a gente aproveita, desde a redu��o de custos de instala��o e manuten��o da empresa, at� o conv�vio com a comunidade acad�mica, professores, alunos, orienta��o no andamento do projeto", diz. De acordo com ela, contar com a ajuda dessas iniciativas fez a diferen�a entre a ideia no papel e o aplicativo finalizado. "E n�s tamb�m damos � comunidade acad�mica e aos alunos tudo o que podemos oferecer em troca", diz.
Uma mini rede-social
A plataforma funciona de maneira simples: um dos respons�veis cria uma conta e cadastra os dependentes - at� seis por assinatura. Depois, � poss�vel inserir os demais adultos que t�m contato com a crian�a, at� 10 por perfil. Pronto, toda a fam�lia ter� acesso �s informa��es compartilhadas como agenda, informa��es m�dicas, dados escolares e at� um espa�o para mem�ria - em que se pode compartilhar momentos importantes das crian�as e pode funcionar como uma rede social fechada para a fam�lia.
"O nosso objetivo � que as crian�as sejam protagonistas das rela��es familiares. A gente sabe que manter uma rela��o boa com ambos os pais � bom para qualquer pessoa. Quanto mais amena a gente conseguir deixar a rela��o com os pais, mais benef�cios a crian�a vai ter, mais ela vai se sentir amada e acolhida. � um bem-estar incalcul�vel", conta Aline.
Durante os testes com a plataforma, eles notaram que ela pode ser �til, inclusive, para pessoas que v�o al�m do perfil inicial de pais divorciados. "Em nossos testes, os volunt�rios mais engajados foram um casal, que ainda est� casado, com um filho pequeno. Tivemos uma boa resposta de m�es solo tamb�m, um p�blico que n�o imaginamos que se interessaria", lembra.
O Zelle est� dispon�vel para os sistemas Android e iOS nas respectivas lojas. Est�o dispon�veis planos de assinatura mensal, semestral ou anual. A empresa tamb�m tem um blog, que pode ser acessado no site oficial da plataforma, com conte�do sobre a cria��o dos filhos para orientar os familiares.