Logomarca da Meta projetado em tel�o durante evento da empresa
� uma mudan�a substancial para a Meta em muitos aspectos. Primeiro, apesar de o Facebook, em seu in�cio, ter sido baseado em textos, o investimento maci�o da empresa nos �ltimos anos foi em v�deos (para n�o falar na malfadada aventura no metaverso), principalmente ap�s o boom do TikTok.
Segundo, e mais importante, ser� uma rede social descentralizada, algo in�dito no portf�lio da Meta —Facebook e Instagram sempre foram centralizadas. Uma plataforma descentralizada possui diversos servidores, criados e gerenciados por usu�rios volunt�rios, que definem as pr�prias regras de modera��o de conte�do. A matriz estabelece apenas regras b�sicas, como a proibi��o de discurso de �dio. O exemplo mais bem acabado � o Reddit. E o mais recente � o Mastodon.
A vida do usu�rio se tornou mais dif�cil (ser� preciso ser assinante para ter verifica��o em duas etapas via SMS, por exemplo, uma medida de seguran�a b�sica). E o lucro projetado com o Twitter Blue, o sistema de assinaturas, est� abaixo do esperado. Por enquanto s�o apenas 300 mil pagantes em todo o mundo.
Apesar de a Meta ter anunciado esta semana mais uma demiss�o em massa, se existe uma empresa com condi��es de colocar isso em p� com sucesso, esta empresa � a Meta e seus mais de 2 bilh�es de usu�rios di�rios ativos, algo que s� ela possui. At� por isso o P92 permitir� o login com as credenciais do Instagram.
N�o significa que ser� um sucesso. Primeiro porque in�meros projetos da divis�o de experimenta��o de novos produtos da Meta fracassam. Mesmo que saia da vers�o beta e seja lan�ado, ainda n�o existe um modelo de monetiza��o eficiente nas plataformas descentralizadas, ao contr�rio do Instagram e Facebook, cujos anunciantes jorram dinheiro.
Mas � um movimento interessante n�o s� pela descentraliza��o, mas pela desfragmenta��o das redes que est� acontecendo atualmente (TikTok, Kwai, Hello, Koo, Mastodon, Telegram, a todo instante surge uma nova plataforma).
Se na d�cada de 2010 fomos dominados pela Meta, agora talvez ela tenha que se encaixar em um novo cen�rio —que inclusive pode nem passar pelas redes sociais e sim pelos chatsGPTs da vida.
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