
Marina Ruy Barbosa demonstra confian�a diante dos pap�is que interpreta. Mas confessa que carrega inseguran�as. Em “Imp�rio”, novela das 21h da Globo, que foi exibida originalmente entre 2014 e 2015, a int�rprete de Maria �sis precisou mostrar um lado mais sensual para dar vida � amante de Jos� Alfredo (Alexandre Nero) e tamb�m provar que havia amadurecido profissionalmente. No entanto, a atriz relata que, muitas vezes, entrou em p�nico por conta da responsabilidade.
“Era a minha primeira personagem mais adulta. Estava com 19 anos, com atores incr�veis ao meu lado, e eu, muito menina, me perguntando se daria conta do recado. No come�o da prepara��o, tinha de fazer um exerc�cio com o (Alexandre) Nero e a Lilia (Cabral) e o meu l�bio tremia. Era nervoso”, conta Marina.
Para lidar com a press�o que sentia, a atriz revela que a prepara��o do elenco com Eduardo Milewicz foi fundamental. Assim, conseguiu criar um v�nculo maior com os colegas. Al�m disso, “Imp�rio” marcou o come�o de uma nova fase da carreira. Afinal, ela iniciou ainda muito nova no of�cio, tendo seu primeiro personagem fixo na TV aos 9 anos, na novela Come�ar de novo” (Globo, 2004 a 2005).
“Uma coisa que me marcou foi quando a Globo come�ou a fazer as prepara��es do elenco. Muitos de n�s j� t�nhamos trabalhado juntos, mas outros n�o se conheciam. Ent�o, isso uniu todo mundo. Tivemos de quebrar barreiras de timidez. Eu lembro que estava com muito medo”, revela.
''Era a minha primeira personagem mais adulta. Estava com 19 anos, com atores incr�veis ao meu lado, e eu, muito menina, me perguntando se daria conta do recado''
Marina Ruy Barbosa, atriz
AMOR
Na trama, Maria �sis � apaixonada por Jos� Alfredo, que sustenta a amante e sua fam�lia. Embora a rela��o dos dois seja pol�mica, por conta da diferen�a de idade, de ele ser um homem casado e tamb�m levantar a tem�tica da objetifica��o da mulher, Marina sai em defesa do amor do casal. Ela conta ter curiosidade sobre que questionamentos o p�blico est� tendo revendo a hist�ria, ap�s quase sete anos.“Isso vai gerar novas discuss�es, inclusive pela forma como ele a chamava, de sweet child (doce crian�a, em ingl�s). Meu interesse pelo empoderamento feminino s� cresceu de l� pra c�. Acredito muito que uma mulher empoderada � aquela que faz as suas pr�prias escolhas, sejam elas quais forem. Por mais que, no come�o, a gente tivesse uma vis�o mais superficial da coisa, que existia s� uma objetifica��o dela como mulher, era um amor genu�no. Ao longo da trama, isso vai ficando mais claro”, analisa.
Para Marina, a sociedade mudou muito nos �ltimos anos. Por isso, a atriz arrisca que a torcida pelo casal Maria �sis e Jos� Alfredo possa ser diferente da �poca da primeira exibi��o do folhetim. Afinal, a int�rprete de Maria �sis j� viu que, na reprise de “Totalmente demais” (Globo, 2015 a 2016), no ano passado, parte do p�blico implorou nas redes sociais por um novo final da novela, para que a personagem Eliza terminasse com Arthur (F�bio Assun��o) e n�o com Jonatas (Felipe Simas).
“Gera ansiedade ver como o p�blico vai enxergar a novela. Em 2020, reprisaram ‘Totalmente demais’ e teve gente que mudou de opini�o. Desejo ver como ser� essa repercuss�o e que tipo de discuss�o vai surgir. ‘Imp�rio’ foi t�o especial, tenho tantas mem�rias boas”, afirma.

NOVO PROJETO
Enquanto Maria �sis brilha em “Imp�rio”, Marina sonha com a volta ao trabalho em “Rio connection”, s�rie do Globoplay com a Sony. A produ��o vai contar a hist�ria real de uma quadrilha do crime organizado europeu que elegeu o Brasil como o mais importante e estrat�gico ponto de escoamento de hero�na para os Estados Unidos na d�cada de 1970.“Sou viciada em trabalho. Tinha come�ado a prepara��o para ‘Rio connection’ e, a�, foi um balde de �gua fria ter de interromper tudo por conta da pandemia. J� estava empolgada”, confessa. (Estad�o Conte�do)