
Pela terceira vez durante a pandemia, Lilia Cabral ocupa o hor�rio nobre da Globo. Agora, ela est� no ar como a Maria Marta de “Imp�rio”, �s 21h. Segundo a atriz, n�o faltam boas lembran�as do per�odo em que a personagem guerreava com Jos� Alfredo (Alexandre Nero). Na trama, a esposa do Comendador se recusa a abrir m�o do casamento e entregar o marido para a amante Maria �sis (Marina Ruy Barbosa). Afinal, al�m do amor, h� tamb�m uma fortuna de fam�lia em jogo.
Na entrevista a seguir, a paulistana de 63 anos comenta o t�tulo de “rainha do hor�rio nobre”, por emendar as reprises de “Fina estampa”, “A for�a do querer” e “Imp�rio”. A atriz tamb�m fala dos bastidores da trama de Aguinaldo Silva e do sufoco que passou gravando no samb�dromo, no Rio de Janeiro, durante o carnaval.

Como voc� recebe o t�tulo de “rainha do hor�rio nobre”?
Gosto de ser chamada de rainha. Lembro que, h� muito tempo, me perguntaram: “O que voc� gostaria de ser?”. E eu respondi: “RainhaJ. Acho que estava chegando ao Rio de Janeiro. Foi em uma das minhas primeiras entrevistas. Ent�o, agora, quando algu�m me chama de rainha, acho o m�ximo! Mas, ao mesmo tempo, olho para tr�s e vejo que a gente conquista as coisas, mas n�o � sozinho, tem muita gente em volta.
Que recorda��o voc� tem dos bastidores de “Imp�rio”?
Quando a novela estreou, foi uma surpresa, porque o p�blico acarinhou de cara, comprou a ideia dos personagens. O decorrer do nosso trabalho foi positivo, saud�vel, s� agregou coisas boas. Existe uma hist�ria at�pica, que foi quando fiquei abandonada no meio da Sapuca�, com aquele temporal horroroso. Estava com o p� quebrado e fiquei jogada em um “carvalh�o” (guindaste). Chovia e tive de aguentar a nossa situa��o geogr�fica. Em outros tempos, desceria daquilo. Mas, como tudo era t�o bom, eu levava na esportiva.
Qual a emo��o de gravar na Marqu�s de Sapuca� durante o carnaval?
Foi a minha estreia na avenida. Pensava em como seria a concentra��o das escolas de samba e a�, quando o carro vira e voc� entra na Marqu� de Sapuca�, � de uma emo��o t�o pura, que n�o tem palavras. � uma coisa surpreendente.
Nesse per�odo em que as grava��es das novelas in�ditas enfrentam dificuldades por conta da pandemia, o que voc� acha do recurso de ter reprises no ar?
Essas reprises, de certa forma, caem como um alento para a gente que fez a novela, porque voc� est� ali, se entretendo, e n�o preocupado em acertar a grava��o no dia seguinte. Essa � a terceira reprise de um trabalho meu queacompanho. Quando aconteceu “Fina estampa”, ela fez muito sucesso e a cr�tica come�ou a bombardear, mas era t�o importante para mim, que tive um prazer imenso em assistir. E quanta coisa mudou para melhor desde ent�o! Depois veio “A for�a do querer”... Com “Imp�rio”, as pessoas tamb�m v�o se lembrar de muita coisa.