
Falta de educação e de desconfiômetro
É impressionante como as pessoas hoje em dia negligenciam as boas maneiras. Não são poucos os exemplos de grosserias cometidas de modo cotidiano
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A titular desta coluna escreveu no sábado passado (11/10) sobre educação ao telefone. Aproveitei o “gancho” para falar de outro viés da educação.
Estou cada dia mais impressionada com a falta de educação das pessoas. Há alguns anos tenho escutado de algumas amigas e conhecidas que deveriam voltar com curso de boas maneiras, como existia o da Socila – que hoje se transformou em uma rede de salão de beleza –, quando éramos jovens.
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Sempre achei uma bobagem. Algumas chegaram a me propor abrir a escola em sociedade, mas, sinceramente, achei que a boa conduta social se passa de pais para filhos, na educação dentro de casa, e isso independe do nível socioeconômico.
Digo isso porque conheço muita gente que prima pela boa educação, apesar de não pertencer à classe alta, economicamente falando, e são tão educados que, quando se encontram em uma situação que foge um pouco do seu costume, sabem se comportar muito bem, observam tudo e aprendem.
Por sinal, muitas vezes são mais educados do que muitos que pertencem ao meio.
Primeira coisa que a grande maioria não faz: confirmar ou não a presença em algum evento. Será que não sabem que o orçamento é por cabeça? E que o anfitrião faz a lista com o número X de convidados e, à medida que as pessoas vão informando que não podem comparecer naquela data, eles acrescentam outros nomes?
Pior do que os que não se manifestam são aqueles que confirmam e, no dia, não aparecem ou em cima da hora mandam mensagem dando uma desculpa porca. E não é uma ou outra vez, mas sempre. Ja escutei de uma empresária conhecida que ela sempre confirma, porque mostra seu interesse em comparecer, mas no dia dá uma desculpa e não vai.
Sinto informar a todos: isso é falta de educação. Quer mostrar interesse, respeito, carinho e consideração pelo anfitrião? Responda que gostaria muito de estar presente, mas que, infelizmente, naquele dia não pode. Não precisa nem falar mentira, que também não é de bom tom, tem perna curta e rapidamente é descoberta. Fiquem sabendo: todo mundo descobre que você está mentindo. Pega mal demais.
Querem saber de outra situação pior ainda? Quando é jantar de lugar marcado. Isso já significa que a festa é mais restrita e que seu nome estará lá em um lugar escolhido a dedo, ao lado de uma pessoa que será a ideal para te fazer companhia, e aí, você confirma e não vai. O cerimonial tem que ficar remanejando as plaquinhas.
E os convidados que, depois de verem onde sentarão, trocam os nomes de lugar? É um misto de falta de educação, grosseria e total falta de desconfiômetro. Será que pensam que ninguém vê? Ou não estão nem aí para o anfitrião, que deve ser um amigo, porque ninguém convida inimigos para uma festa.
Pelo que eu relatei acima, será mesmo? Como as pessoas se enganam, não é mesmo... Fica a dica.(Isabela Teixeira da Costa / Interina)
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.