LITERATURA

João Batista Melo relança hoje (19/7) 'Patagônia', o faroeste sem armas

Primeiro romance do escritor mineiro, publicado em 1998, volta às livrarias em edição especial, com ilustrações e fotos

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Uma nota de rodapé foi o mote para que João Batista Melo escrevesse seu primeiro romance. Lançado em 1998, “Patagônia” estava esgotado há quase duas décadas. Depois de publicar seu livro mais recente, “O veludo das lagartas verdes” (2024), a editora Faria e Silva se interessou em fazer uma edição revisada do título de estreia do escritor e jornalista na literatura.

Com novo projeto gráfico, incluindo ilustrações e fotos, “Patagônia” terá lançamento neste sábado (19/7), a partir das 11h, na Quixote.

A nota que levou Melo a se aventurar pelo Extremo Sul argentino veio de um guia turístico: no início do século 20, os pistoleiros Butch Cassidy (1866-1908) e Sundance Kid (1867-1908) teriam vivido alguns anos junto ao Lago Cholila, também nome de uma remota cidade na Patagônia. Naquela situação, eram fazendeiros honestos.

Fã desde sempre de faroestes, Melo já havia pensado em uma incursão no gênero, mas achava isso improvável. “O que havia até então eram aqueles antigos livrinhos de bolso escritos por brasileiros com pseudônimos”. Mas quando soube dessa história, mudou de opinião. “Argentina é algo mais próximo da minha realidade de escritor brasileiro”, relembra.

Foram quatro anos até a conclusão do romance. Melo já havia ido algumas vezes ao país vizinho. Para o livro, voltou à Patagônia com outros olhos. Foi até Cholila, encontrou a casinha em que os dois moraram (bem descuidada naquela época, mas de pé) e entrevistou descendentes de vizinhos das lendas do Velho Oeste.

Este é o único fato na narrativa ficcional. As histórias sobre Diamantina que João, desde criança, ouviu da mãe, nascida naquela região, o levaram ao cenário do início da trama.

Assalto nos EUA

Em “Patagônia”, o herdeiro de um fazendeiro diamantinense viaja, no começo do século 20, para a Argentina. Ele está à procura dos bandidos americanos que assassinaram seu irmão durante assalto a trem nos Estados Unidos.

Melo escreveu a trama na fronteira entre a aventura e o romance. “Tenho uma relação complexa com o faroeste, pois detesto violência. Então, acho que consegui fazer um faroeste antiarmamentista”, acrescenta o autor.

Depois desta nova edição, Melo continua trabalhando em “Patagônia”. “Estou com um projeto de adaptação para o cinema”, diz ele, que recentemente teve aprovado, pela Lei Paulo Gustavo, o desenvolvimento do filme. Melo já dirigiu cinco curtas-metragens. Sua intenção é roteirizar e dirigir o longa.

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“PATAGÔNIA”

. Romance De João Batista Melo
. Editora Faria e Silva
. 287 págs
. R$ 90,90
. Lançamento neste sábado (19/7), das 11h às 13h, na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi)

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