O corpo da psicanalista e escritora Marília Pires será cremado nesta quinta-feira (14/8), em Belo Horizonte, após o velório que vai até as 17h, no Parque da Colina. Ela sofreu um infarto e morreu na quarta-feira, em Nova Lima.
Nascida em 1946 em Belo Horizonte, Marilia foi presa política durante a ditadura. Militante da Ação Popular (AP), organização ligada à esquerda católica, estava entre os 700 estudantes do congresso da UNE em Ibiúna, em São Paulo, em 1968, reprimido pelo governo militar.
Feminista e defensora da democracia, Marília Pires foi mulher à frente de seu tempo. Sempre acreditou em “toda forma de revolução”, dizem os amigos. Deixa três filhos e cinco netos. Morava em Moeda, onde era muito querida.
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Marília foi casada com o jornalista Lélio Fabiano dos Santos. Escreveu o livro “Lamaluca: a biografia de uma geração”, lançado em 2022 pela Impressões de Minas.
Baseada em seus diários, a autora revelou neste livro como sua geração lidou com os desafios de seu tempo: ditadura, repressão às mulheres e as dificuldades do Brasil.
Em parceria com a designer Rita Davis, Marília escreveu o livro "Gratifica-se quem me encontrar".