Assim que encerraram a apresentação no grande teatro do Cine Theatro Brasil, em setembro do ano passado, Paulinho Moska e o maestro da Orquestra Opus, Leo Cunha, se abraçaram no palco com a promessa de repetir a parceria na primeira oportunidade. O reencontro acontece nesta quinta-feira (2/10), no quarteirão fechado da Rua dos Carijós, entre a Praça Sete e a Rua Espírito Santo, como parte da comemoração dos 12 anos da reinauguração do Cine Theatro Brasil, após mais de uma década sem funcionamento.


“Uma orquestra de cordas dá uma nobreza muito especial às canções. Estou acostumado a trabalhar com a formação clássica do pop – bateria, baixo, teclado e guitarra –, mas essa formação traz uma sustentação harmônica única. A harmonia da música fica muito evidente”, comenta o cantor e compositor carioca.


Para Moska, levar o show para a rua é um passo natural de evolução. Ele explica que primeiro se ensaia em uma sala, depois é momento de se apresentar em um teatro e, quando o resultado funciona, chega o momento de ir para a rua.

“Isso tudo me deixa com uma expectativa muito grande. O show na rua é uma coisa democrática. Qualquer um pode ver. É a situação perfeita da música. É muito importante que todos tenham acesso a esse mundo”, afirma.


O cantor de “A seta e o alvo”, “A idade do céu” e “Pensando em você” leva ao palco o mesmo repertório do ano passado. “Acho que a gente foi bem assertivo”, avalia ele, relembrando a estreia.

Além dos sucessos da carreira de Moska, a setlist inclui “Noites com sol”, de Flávio Venturini, escolhida como homenagem ao público mineiro e à própria família do artista, que é casado com a mineira Larissa Bracher há mais de 15 anos.


“Eu sou um compositor de canções. A canção fica gigante, fica evidente o que você pensou para ela. É uma vivência, uma audição da sua própria música nesse ambiente de nobreza”, diz sobre a experiência de apresentar suas obras acompanhado por uma orquestra de cordas.

A apresentação integra a programação da Mostra Cine Brasil de Teatro e Música. Os próximos shows da mostra são de Rosa Passos (3/10), Chico Chico (19/10), com ingressos já esgotados, e Orquestra Opus convida Chico César (30/10). De toda a programação, o show de Paulinho Moska é o único com entrada gratuita.

Reinvenção

Nos últimos anos, o artista rodou o país com a turnê comemorativa dos 30 anos de carreira. Ex-integrante do grupo Garganta Profunda e, depois, da banda Inimigos do Rei, ele lançou o primeiro disco solo, “Vontade”, em 1993. Paulinho faz um balanço dessas três décadas como um percurso marcado por inovação e reinvenção.

“Nesses 30 anos, tentei experimentar muita coisa. Meu primeiro disco é de rock, o segundo mais inspirado na MPB, o terceiro é pop. Depois comecei a me envolver com música eletrônica, mas sempre tendo a canção como rainha. Tudo tem a canção dentro. Acho que minha vida é dedicada a essa amplitude que a canção abre para o mundo todo”, reflete. “Esse show com orquestra é mais uma roupagem diferente, uma roupa de gala para uma festa de gala”, conclui.


ORQUESTRA OPUS CONVIDA PAULINHO MOSKA
Nesta quinta-feira (2/10), às 19h, no quarteirão fechado da Rua dos Carijós, entre a Praça Sete e a Rua Espírito Santo. Evento gratuito, sem necessidade de retirada de ingresso.

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