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Sabor de rua: conheça os pratos que definem cada região do Brasil

Chef mapeou os quitutes mais emblemáticos de cada região; confira e veja se o seu favorito está na lista

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Comida de rua não é só para matar a fome. É uma conexão com a memória e a identidade de cada lugar. Ou seja, o que você encontra em uma região é diferente do que é vendido em outra. É o que mostra o levantamento realizado pela Unilever Food Solutions (UFS), com curadoria do chef Vitor Tsuru. 

A pesquisa aponta que a reinvenção da comida de rua está em alta, impulsionada principalmente pela Geração Z, que busca experiências gastronômicas autênticas e de valor. O charme da cena nacional reside em sua atmosfera descontraída, que atrai clientes modernos em busca de sabores globais e um toque de informalidade. 

O estudo, que faz parte do relatório Menus do Futuro 2025 da UFS, aponta que a chamada “reinvenção” da comida de rua é uma oportunidade para operadores e restaurantes transformar receitas populares em propostas contemporâneas sem perder o sabor da tradição. Conheça um panorama regional dos pratos que entraram no roteiro afetivo do país.

Norte

Na região amazônica, a comida de rua é um ritual que une o sagrado e o afetivo. Segundo o chef, o tacacá é mais que uma sopa de tucupi, jambu e camarão: é um ritual afetivo do fim de tarde, carregado dos sabores da floresta e da resistência cultural do Pará. 

Outro clássico da região é o pirarucu à casaca, que combina peixe amazônico, farinha de mandioca e temperos nativos com uma notável influência portuguesa. Também ganham destaque o pato no tucupi, ícone da tradição indígena, e o x-caboquinho, sanduíche de tucumã e banana pacovã que se tornou patrimônio cultural de Manaus.

Mapa do Brasil com principais comida de rua
Mapa do Brasil com principais comida de rua UFS

Nordeste 

No Nordeste, a rua é palco de tradições que vêm de longe. O acarajé das baianas, o bolinho de feijão-fradinho frito no azeite de dendê, representa a fusão das tradições africanas com o paladar urbano, transformando-se em um símbolo de identidade e espiritualidade. 

A carne de sol, preservada pela técnica de cura, aparece em receitas que vão do café da manhã às festas, como a paçoca ou o escondidinho, sempre associada ao sabor sertanejo e às festas populares.

Outros ícones são a tapioca, de origem indígena e hoje estrela das feiras, e o cuscuz de milho, que acompanha desde o café da manhã até celebrações típicas.

Centro-Oeste

O Cerrado oferece ingredientes singulares que migraram para as bancas e paradas. Em Goiás, a pamonha feita com milho fresco — em versões doces e salgadas — é tratada como patrimônio de festa e de mesa. 

No Pantanal, pratos como o caldo de piranha nascem da pesca e da necessidade, mas ganharam espaço nas cozinhas locais e nas paradas de estrada. Na lista de imperdíveis também entram o arroz com pequi, prato emblemático de Goiás, e o empadão goiano, farto e recheado, estrela das festas e feiras locais.

Sudeste

Grandes centros viram no lanche uma forma de expressão. O pastel frito, nascido da influência europeia e disseminado pelos imigrantes asiáticos em São Paulo, tornou-se sinônimo de feira e símbolo da mistura de culturas. 

Já o cachorro-quente brasileiro distingue-se pelo repertório exagerado de complementos — purê, milho, vinagrete e batata-palha — que virou assinatura da rua. O chef Vitor Tsuru afirma que "cada mordida é um retrato da inventividade urbana". 

Outros clássicos que merecem destaque são o pão de queijo mineiro, o sanduíche de pernil das madrugadas paulistanas e a coxinha, uma verdadeira paixão nacional.

Sul 

No Sul, a comida de rua é marcada por rituais e memórias. O churrasco gaúcho segue como um dos maiores ícones, preparado em fogo de chão e temperado com sal grosso, é encontro social e motivo de orgulho regional. 

No litoral do Paraná, o barreado — um cozido de carne preparado lentamente em panela de barro até desmanchar — preserva métodos comunitários e memoriais culinários. 

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Para completar a lista, o chef cita o arroz carreteiro, herança dos tropeiros, o xis gaúcho das lanchonetes e a carne de onça, patrimônio de Curitiba. Em cada receita, a comida de rua é um espelho da identidade nacional, onde se encontram história, afeto e símbolos que representam o nosso povo.

De que é feito cada prato típico?

  • Região Norte:
    • Tacacá: Uma sopa à base de tucupi, jambu e camarão seco
    • Pirarucu à casaca: Peixe pirarucu, temperos e farinha de mandioca
  • Região Nordeste:
    • Acarajé: Elaborado com o feijão-fradinho frito em azeite de dendê
    • Carne de sol: Carne bovina salgada e seca sob ventilação, um ingrediente bem comum em diversos pratos
  • Região Centro-Oeste:
    • Caldo de piranha: Caldo forte e nutritivo feito com piranha, um dos peixes típicos da região
    • Pamonha: Feita com milho verde, pode ser doce ou salgada
  • Região Sudeste:
    • Pastel: Salgado frito em óleo de imersão, com variados recheios como carne, queijo, palmito e outros
    • Cachorro-quente: Com salsicha, purê de batata, vinagrete, batata palha e outros acompanhamentos.
  • Região Sul:
    • Churrasco gaúcho: Carne assada em fogo de chão, temperada com sal grosso, e acompanhada de pão, farofa e saladas
    • Barreado: Várias carnes e temperos que ficam cozinhando por horas até desmancharem no caldo. Acompanha arroz, batata, banana e farinha de mandioca.

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