
Os principais pontos de food trucks em BH s�o no Bairro Castelo (pra�a Manoel de Barros, �s quartas), Bairro Cidade Nova (pra�a Guimar�es Rosa, �s quintas) e Bairro Gutierrez (pra�a Leonardo Gutierrez, �s sextas). A cada dia, de 18h �s 23h, cerca de 25 carros participam dos encontros.
� injusto colocar a culpa somente na pandemia. Como todo modismo, alguns empres�rios investiram suas economias visando surfar na onda da comida sobre rodas, mas n�o conseguiram seguir no neg�cio. "Primeiro, muitas pessoas aventureiras compraram food truck no in�cio e n�o deram conta de manter. Achavam que era para trabalhar pouco e ganhar muito. Segundo, a pandemia, que faliu os que ainda tentavam, mas sem poder trabalhar, n�o conseguiram arcar com os custos do carro", enumera Marcos Vin�cius Carvalho, um dos organizadores de eventos com food trucks. Tamb�m h� reclama��es de outros empres�rios sobre a burocracia para se conseguir licen�a de trabalho junto aos �rg�os p�blicos do munic�pio.



J� no Bairro Cidade Nova, Aline Mayr, aproveita todas as quintas-feiras para passar um tempo em fam�lia e rever amigos. Ela come�ou a frequentar o encontro no ano passado. "Eu, meu marido e meus dois filhos sempre vamos, porque sai da rotina e aproveitamos para reunir pessoas que gostamos", diz.

Na sexta-feira, uma pra�a no Bairro Gutierrez atrai a clientela que gosta dos food trucks. Tiago Lisboa, que lidera o Du Cheff, come�ou a levar seu pequeno ve�culo ao local h� cinco meses. H� 9 anos com o truck, ele vende p�o com pernil, espetinho e macarr�o na chapa. Notou melhora do movimento ap�s a pandemia, mas diz que nem se compara ao que era quando come�ou no ramo.
CRISE NO SETOR
Certa decep��o j� havia sido lamentada por empres�rios do ramo em anos anteriores. Em 2016, eles j� pontuavam sobre crise econ�mica e concorr�ncia.
Os food trucks chegaram ao Brasil no final de 2014, influenciados por um estilo vindo dos Estados Unidos. Na capital mineira, o com�rcio ainda era proibido pelo poder p�blico, mas logo o movimento se expandiu por v�rios pontos de BH. O alto fluxo de ve�culos foi tal que, em 2016, o Estado de Minas j� acompanhava a situa��o de crise e concorr�ncia levando preju�zos aos empres�rios.
Um dos que desistiram foi Darmon Peixoto, que vendeu o ve�culo e aproveitou o dinheiro para quitar d�vidas e conter gastos. "Paguei quase R$ 70 mil no carro financiado, em 2018. Acabei vendendo em 2022 porque o movimento caiu, estava com alto custo para manter. Ent�o, vendi para concluir o �ltimo ano de faculdade", relembra.
DIVERG�NCIAS COM A PREFEITURA
V�rios propriet�rios de food trucks alegam que a Prefeitura de Belo Horizonte n�o abre licita��o para conceder autoriza��es de trabalho h� pelo menos sete anos. Sem as licen�as de funcionamento, os carros est�o sujeitos a multas que podem chegar a R$ 3 mil.
Questionada, a PBH informou que a atividade faz parte do programa Jornada Produtiva, cujo edital mais recente foi publicado em 2019 com 250 vagas dispon�veis, das quais 96 licen�as est�o v�lidas atualmente.
H� diverg�ncias nas alega��es, pois os donos de food trucks afirmam que as licen�as liberadas em 2019 n�o incluem o com�rcio de comida em ve�culos sobre rodas.
ENDERE�OS

Quarta-feira: Pra�a Manoel de Barros, no Bairro Castelo, Regional Pampulha
Quinta-feira: Pra�a Guimar�es Rosa, no Bairro Cidade Nova, Regional Nordeste
Sexta-feira: Pra�a Leonardo Gutierrez, no Bairro Gutierrez, Regional Oeste