Sobrou comida? Veja como armazenar e reaproveitar a ceia ou almoço de Natal
Cuidados simples no armazenamento, nos prazos de consumo e no reaquecimento ajudam a evitar intoxicações e ainda permitem criar novas receitas nos dias seguinte
Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
Sobras de Natal devem ser armazenadas corretamente para serem reaproveitadas crédito: SENAC
Natal é sinônimo de mesa farta, pratos variados e celebração em família. Mas, depois da confraternização, surge um desafio comum: o que fazer com as sobras de forma segura, evitando desperdício e riscos à saúde?
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Após o fim da refeição, os alimentos mais perecíveis devem ser refrigerados o quanto antes. Preparações prontas não devem permanecer mais de duas horas em temperatura ambiente. O ideal é armazená-las em recipientes bem vedados, preferencialmente em pequenas porções, o que facilita o resfriamento e o reaquecimento posterior.
Alimentos cozidos não devem ser guardados junto de alimentos crus, para evitar contaminação cruzada. Carnes assadas como peru, frango, chester, cordeiro e filé devem ser armazenadas separadamente de acompanhamentos e farofas. O mesmo cuidado vale para retirar recheios e ossos, facilitando a conservação.
Antes de consumir qualquer sobra, é essencial observar cheiro, cor, textura e aparência. Mudanças nesses aspectos indicam que o alimento deve ser descartado. No momento do consumo, o reaquecimento deve atingir pelo menos 70 °C, garantindo a eliminação de microrganismos.
Prazos de validade das sobras
Alimentos prontos armazenados na geladeira devem ser consumidos, em geral, em até três dias. Preparações mais sensíveis, como molhos, frutas e legumes cozidos, devem ser consumidas preferencialmente em até dois dias. Já os alimentos congelados podem ser mantidos por até 30 dias, desde que bem embalados.
Sobremesas costumam durar de dois a três dias sob refrigeração. Tortas com recheios cremosos, mousses, pavês e sobremesas com chantilly não são indicadas para congelamento, pois perdem textura. Bolos recheados podem ser congelados por até dois meses, desde que bem embalados.
Frutas inteiras duram, em média, cinco dias na geladeira, com exceção de algumas mais resistentes, como maçã, pera e uva. Já frutas mais delicadas, como morango, costumam durar cerca de dois dias. Frutas cortadas devem ser mantidas refrigeradas e consumidas rapidamente.
As sobras da ceia podem se transformar em novas refeições saborosas. Carnes assadas podem ser desfiadas ou picadas para recheios de tortas, sanduíches, farofas, arroz temperado, sopas, caldos e saladas. Desde que não tenham sido preparadas com molhos à base de leite, são grandes aliadas no reaproveitamento.
O arroz natalino pode virar bolinho, mexido ou base para risotos. Embutidos da tábua de frios funcionam bem em omeletes e tortas salgadas. Pães e rabanadas podem ser usados em pudins, torradas ou sobremesas reaproveitadas.
As frutas usadas na decoração da mesa ganham nova função em saladas de frutas, geleias e compotas. Para evitar o escurecimento, o ideal é temperar com um ingrediente ácido, como limão ou vinagre. Já os vegetais cozidos podem ser incorporados a omeletes, arroz temperado, tortas simples de liquidificador ou saladas quentes.
Alguns itens oferecem maior risco e exigem cuidado redobrado. Preparações com maionese, laticínios e ovos crus devem ser descartadas, mesmo quando refrigeradas. O arroz também merece atenção: se ficar mais de duas horas fora da geladeira, pode desenvolver bactérias que causam mal-estar gastrointestinal, especialmente versões como arroz à grega, que levam frutas e legumes.
Para evitar desperdícios, o ideal é calcular bem as quantidades. Uma média segura é cerca de 80 gramas de arroz por pessoa.
O peru é uma ave com origens curiosas e uma rica história ligada às tradições natalinas. Ele é nativo da América do Norte, onde vive em estado selvagem. Youtube/MrJaboelter
Sua domesticação ocorreu há mais de 200 anos, especialmente no México, e ele é uma das aves mais consumidas durante as ceias de Natal e Ano Novo, tanto no Brasil quanto em outros países. Mas o consumo é indicado para o ano todo. Freepik
O peru selvagem, assim como o pavão, é conhecido por sua plumagem exuberante e comportamento ritualizado. Durante o período de acasalamento, o macho exibe sua cauda e emite sons característicos para atrair a fêmea. Eva Bronzini por Pexels
Em cativeiro, no entanto, os perus são mais restritos em sua capacidade de voo, e o foco de sua criação é a produção de carne, com alguns exemplares chegando a pesar até 15 kg. Freepik
Os perus têm uma natureza sociável e barulhenta, vivendo em bandos e se adaptando bem ao clima brasileiro, embora necessitem cuidados específicos na criação, como alimentação balanceada, que deve incluir verduras e milho para fortalecer o sistema imunológico. Youtube/natureza_e_roca_1986
Uma das principais diferenças entre o peru e o chester, outro prato típico de Natal, é que a segunda é uma ave com características de frango, mas com maior concentração de carne no peito e nas coxas, enquanto o peru tem uma carne mais firme e sabor acentuado. Site Tuasaude.com
Além de sua carne, o peru também oferece outros recursos, como suas penas, que são utilizadas na confecção de travesseiros e almofadas, e o esterco, que é aproveitado como adubo. Zohre Nemati/Unsplash
Seu nome, no entanto, está cercado de equívocos históricos. Os portugueses acreditavam que o animal tinha origem no Peru, e esse erro se repetiu no inglês, onde a ave passou a ser chamada de "turkey", pois os ingleses pensavam que ela vinha da Turquia. Freepik
Entre as curiosidades sobre o peru, destaca-se sua visão, capaz de detectar cores com mais precisão do que os humanos. Youtube/sitio_do_rb
Além disso, os perus destacam-se por sua habilidade de correr a impressionantes 40 km/h, além de voar a até 80 km/h em curtas distâncias. Silvio Tanaka wikimedia commons
Eles também têm uma forma interessante de cortejar, com o macho erguendo a cauda em formato de leque, emitindo sons característicos enquanto exibe suas penas para atrair a fêmea. Youtube/SilvestreKuhlmann
A criação de perus é uma atividade rentável, especialmente na produção de carne para consumo, e as espécies mais comuns na avicultura incluem a Broad Breasted Bronze (foto) e a Holandesa Branca. Lupin wikimedia commons
Em países como os Estados Unidos, o consumo chega a cerca de 45 milhões de perus anualmente. No Brasil, o peru costuma ser assado inteiro, recheado ou como prato principal em preparações variadas. domínio público
No entanto, nem todos apreciam o peru e preferem frango assado - uma escolha popular e mais acessível, além de ser fácil de encontrar e preparar. Youtube/Receitas do Pai
A tilápia assada também é uma boa opção para quem busca uma alternativa mais leve, enquanto o lombo de porco, com seu sabor marcante, é uma escolha econômica e deliciosa. Youtube/
Receitas do Kazu
O tender, embora menor, também é uma alternativa tradicional, disponível em diferentes tamanhos, facilitando o planejamento para refeições com menos convidados. Youtube/Receitas de Pai
O peru é uma ave com uma origem fascinante e uma série de características que a tornam única. Seja consumido em ceias de Natal ou em outros feriados, ele é uma opção saborosa e saudável para aqueles que apreciam carnes brancas. Youtube/Mohamad Hindi