Após um período de suspensão temporária, entre os dias 8 e 16 de julho, o Parque Nacional da Serra do Cipó, localizado a apenas 100 km de Belo Horizonte, reabriu os principais atrativos acessados pela Portaria Alto Palácio. A medida preventiva, adotada pela administração da unidade de conservação, teve como objetivo garantir a segurança dos visitantes durante a realização de ações técnicas de manutenção e prevenção em áreas de grande circulação.

Entre as ações realizadas no período, esteve também o manejo de um animal silvestre reintroduzido que vinha se aproximando das trilhas na direção do Vale do Travessão, o que exigiu cuidados específicos da equipe para evitar qualquer incidente.

Durante os nove dias de interrupção, estiveram fechados ao público locais como o Vale do Travessão, a Cachoeira do Espelho, o Santuário das Vellozias, além de diversas rotas de travessia bastante procuradas por praticantes de trilhas naturais, como os percursos Alto Palácio–Serra do Alves, Alto Palácio–Cabeça de Boi e Alto Palácio–Altamira. A entrada Duas Pontes também permaneceu inativa no período.

A reabertura foi anunciada nas redes sociais do parque nesta quarta-feira (16/7), com a confirmação de que as visitas aos atrativos já estão plenamente restabelecidas. Segundo a administração, a liberação ocorreu após a conclusão de inspeções técnicas e das adequações necessárias para garantir a integridade das trilhas, sinalizações e estruturas de apoio, sobretudo em áreas mais remotas e de difícil acesso.

Prevenção e conservação

A suspensão temporária da visitação foi uma medida pontual, adotada de forma preventiva em função das condições climáticas e da necessidade de garantir que os ambientes naturais e as trilhas estivessem em condições seguras. Em unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra do Cipó, a gestão responsável inclui a constante avaliação dos impactos ambientais e dos riscos para os frequentadores, principalmente em áreas de travessia, que exigem maior preparo e orientação dos visitantes.

Com uma área superior a 33 mil hectares, o parque é uma das principais joias do Cerrado brasileiro. A unidade é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e abriga uma rica variedade de espécies endêmicas, além de paisagens compostas por cânions, cachoeiras, campos rupestres e formações rochosas imponentes. Diante desse cenário, o cuidado com a infraestrutura visa à manutenção de uma visitação sustentável.

Trilhas exigem autorização prévia

A administração do parque aproveitou o anúncio da reabertura para reforçar um ponto importante: todas as travessias dentro da unidade exigem autorização prévia. Os interessados devem entrar em contato com a equipe do parque pelo e-mail parna.serradocipo@icmbio.gov.br para obter orientações sobre os procedimentos, datas disponíveis e exigências mínimas para a realização das atividades.

A exigência não é apenas uma formalidade. O controle de acesso aos espaços permite que o parque monitore o número de visitantes em áreas sensíveis, garanta o suporte necessário em caso de emergências e, principalmente, contribua para a preservação dos ecossistemas locais.

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Orientações aos visitantes

Com a reabertura total dos atrativos, é orientado que os turistas fiquem atentos às regras de uso da área protegida, respeitem os limites sinalizados, evitem o descarte inadequado de resíduos e estejam preparados com vestimentas, calçados e suprimentos adequados ao ambiente natural.

PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ

    • Bioma: Cerrado

    • Área: 31.639,53 hectares

    • Criação:

      • Decreto nº 90.223, de 25/09/1984

      • Decreto nº 94.984, de 30/09/1987

    • Endereço:

      • Rodovia MG-10, km 97 – Distrito Serra do Cipó

      • Santana do Riacho/MG – CEP: 35.847-000

    • Telefone:

      • (31) 3718-7469

      • (31) 3718-7151

      • (31) 3718-7481

      • (31) 3718-7475

    • Funcionamento:

      • Domingo a sábado, das 8h às 18h

      • Cada atrativo possui horário máximo para entrada

    É proibido na unidade de conservação:

    • Consumo de bebidas alcoólicas

    • Entrada com animais domésticos

    • Uso de caixas de som

    • Uso de fogo

Estagiária sob supervisão da subeditora Fernanda Borges

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