MOBILIDADE

BH terá escola de direção de patinete elétrico até quarta (13/8)

PBH estuda possibilidade de retornar com o serviço para a cidade. Testes no centro vão ajudar a definir regras para operação

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Quem passar pelo pequeno trecho da Rua Goiás, entre a Rua da Bahia e a Avenida Álvares Cabral, no centro de Belo Horizonte, pode participar da "Escola de Direção Segura de Patinetes", disponível até o fim da tarde desta quarta-feira (13/8).

De acordo com a Prefeitura de BH e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMUR), a atividade faz parte da elaboração de um chamamento público para escolher as empresas que vão oferecer o serviço de patinetes elétricos na cidade, previsto para ser publicado ainda em 2025.

Os equipamentos usados na atividade são da empresa Jet Brasil Patinete, que já opera em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Para participar é necessário ter mais de 18 anos e assinar um termo de responsabilidade. A atividade termina nesta quarta (13), funcionando das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Como funciona?

Marcos Vinicius Lopes, de 65 anos, ficou sabendo da escola através das redes sociais e resolveu conferir de perto. “Nunca tinha andado antes, estou começando a aprender, só é difícil de fazer baliza”, brinca Marcos. O equipamento elétrico tem cerca de 34 kg e chega a no máximo 20 km/h.

De acordo com Arthur Franca Costa, instrutor de direção que estava no local orientando os participantes, o equipamento conta com um acelerador, uma buzina, velocímetro, dois freios (um dianteiro e outro traseiro), faróis de iluminação, placa de identificação e suportam até 120 kg.

Ao subir no patinete, é necessário dar o primeiro impulso e só é possível acelerar depois que o veículo atingir no mínimo 3 km/h. A empresa Jet Brasil Patinete exige dos usuários um cadastro em seu aplicativo, e o serviço custa cerca de R$ 30 a hora. “Caso um usuário descumpra alguma regra, após uma notificação, a conta pode ser banida da plataforma”, explica Arthur Costa.

Para participar da dinâmica é necessário fazer uso de um capacete, disponibilizado pela própria empresa. Apesar disso, o uso de capacetes é apenas uma recomendação, mas não é de uso obrigatório segundo a resolução nº 996/2023 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Micromobilidade

Para a diretora de Planejamento Estratégico e Inovação da Superintendência de Mobilidade (Sumob), Liliana Hermont, os patinetes elétricos são uma ótima alternativa para a micromobilidade, ou seja, o uso de veículos leves para viagens curtas. 

“Os patinetes elétricos são uma realidade em várias cidades do mundo e do Brasil. Por exemplo, você pode parar o carro num estacionamento mais afastado e terminar a viagem com um patinete”, explica Liliana.

Questionada a respeito de como a novidade deve ser integrada ao espaço urbano, ela explicou que o melhor local para circulação dos patinetes são as ciclovias. “Belo Horizonte tem concentrado esforços para ampliar a rede cicloviária, embora ainda haja muito a avançar nas conexões entre os trechos existentes”, explica.

Marcus Vinicius diz que apesar da tecnologia facilitar muito a vida dos moradores, ele não considera que a cidade esteja preparada para o serviço. “Porque as ruas não são preparadas para isso. A gente precisa de mais estrutura e também que exista uma punição pelo descumprimento das regras”, conta.

Já a diretora defende que em um futuro próximo, os patinetes poderão operar também nas calçadas, com velocidades mais baixas, e até nas pistas junto com os carros, desde que a velocidade regulamentada seja até 40 km/h.

Sobre os riscos, Liliana conta que a principal preocupação atual é com a segurança. “Atualmente, temos uma regulamentação federal moderna e atualizada, por meio da Resolução nº 996/2023 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”, defende.

Ela também destaca que os patinetes da nova geração têm medidor de velocidade, luzes de segurança na frente, traseira e laterais, buzina e são mais robustos, pesando cerca de 30 quilos, com plataformas maiores que garantem mais conforto e segurança para o usuário. 

Relembre

Belo Horizonte já contou com a disponibilidade de patinetes elétricos pela  cidade, em 2019, com a empresa de bicicletas e patinetes elétricos Yellow e Grin. 

A novidade gerou polêmica depois da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) declarar que, de janeiro a abril de 2019, o Hospital João XXIII atendeu mais de 70 pessoas que sofreram acidentes com o veículo

Em setembro de 2019, o engenheiro e empresário Roberto Pinto Batista Júnior, de 43 anos, morreu após bater a cabeça em um bloco de concreto que faz a separação de uma ciclovia na Avenida Paraná, esquina com a Rua dos Tupis.

Em janeiro de 2020 a empresa anunciou que estava encerrando as atividades em Belo Horizonte por "razões operacionais".

O que diz a prefeitura

De acordo com a PBH, nas últimas semanas foi realizado um teste com cerca de 40 colaboradores das áreas de mobilidade da Prefeitura (SMMUR, Sumob e BHTrans), que preencheram formulários de avaliação das condições de operação das patinetes após o uso do equipamento. 

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Segundo o executivo, as informações obtidas vão definir os critérios de operação que farão parte do Termo de Credenciamento para as empresas operadoras. “Em Belo Horizonte, a Prefeitura mantém o compromisso de ampliar as alternativas de mobilidade para a população, com ênfase na segurança e conforto nos deslocamentos”, declara em nota.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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