Irmã de Juliana Marins desabafa: ‘Desculpas por não ter sido suficiente’
Em carta emocionante publicada nas redes sociais, Mariana Marins falou sobre a relação entre as duas e a falta que a irmão fará em sua vida
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Siga noMariana Marins publicou um desabafo nas redes sociais após a morte da irmã, Juliana Marins, em uma trilha na Indonésia. O corpo foi encontrado na última terça-feira (24/6), quatro dias depois de a brasileira, de 26 anos, cair em um penhasco no vulcão Rinjani.
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Em uma carta emocionante, Mariana – que é escritora – falou um pouco sobre a relação das duas desde a infância. “Aos 4 anos de idade, falei pros meus pais que eu queria 10 irmãs. Aos 5 anos, quando você nasceu, não quis mais nenhum, vc já valia pelos 10! Você sempre foi doidinha de tudo, de ter as melhores tiradas, um humor típico Marins. Ensinei você a andar de bicicleta, a tocar violão, a gostar de 30 Seconds to Mars só pra ir ao show comigo. Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo. E o pior: elas sempre davam certo!”, escreveu.
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A irmã pediu desculpas "por não ter sido suficiente" para salvar Juliana. “Você sempre esteve comigo em todos os momentos, inclusive nos piores deles. A gente sempre dizia que moveria montanhas uma pela outra, e daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente, irmã”, lamentou.
Mariana também refletiu sobre viver sem a irmã. “Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de natal comigo em qualquer dia de dezembro? Inclusive, não sei como serão os natais sem você, irmã. Minha data preferida. Em que você fazia questão de usar um gorrinho junto comigo porque você sabia que eu amava. Minha irmã gêmea, com 5 anos de diferença, que me amou, me protegeu, me incentivou, me acolheu. Vai ser muito difícil não te ter por perto, irmã. Vai ser muito difícil seguir sem você. A vida vai ser muito difícil sem você”, encerrou.
A causa da morte de Juliana, assim como o dia e horário ainda não foram divulgados. O corpo – recuperado nessa quarta – deve passar por autópsia antes de ser liberado para vir para o Brasil.
O acidente
Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, quando caiu em uma ribanceira, na última sexta-feira (20/6). Ela passou quatro dias na encosta, sem água, comida ou abrigo. Seis equipes de resgate atuavam nas buscas. Somente na segunda-feira os bombeiros conseguiram alcançá-la, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude. A causa da morte ainda será determinada pelas autoridades locais.
Juliana era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e atuava como publicitária. Era apaixonada por viagens e esportes ao ar livre e fazia um mochilão pelo Sudeste Asiático desde fevereiro deste ano. Durante a viagem, ela passou pelas Filipinas, Tailândia e Vietnã.
Após o acidente, a brasileira não fez contato com a família diretamente, por falta de sinal. As informações chegaram até o Brasil por meio de um grupo de turistas que também fazia a trilha e conseguiu acionar pessoas próximas à vítima por meio de uma rede social.
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A família acompanhava tudo do Brasil e fazia atualizações diárias em um perfil criado para informar sobre o caso.