Ilustração do primeiro milagre de Jesus - (crédito: Reprodução)
crédito: Reprodução
O historiador americano Tom McCollough, professor aposentado da Centre College of Kentucky, diz ter descoberto o verdadeiro local onde Jesus Cristo teria realizado seu primeiro milagre, ao transformar água em vinho. O especialista afirma ter encontrado novas evidências arqueológicas que sustentam essa tese, ao contrário do que outros arqueologistas acreditaram por anos.
De acordo com a Bíblia, o primeiro milagre de Jesus aconteceu durante um casamento na vila de Caná, onde, diante da escassez de vinho, ele teria pedido aos servos que enchessem talhas com água. Quando o mestre-sala provou o conteúdo, o líquido havia sido transformado em vinho.
Durante séculos, o consenso entre estudiosos e fiéis era de que a antiga Caná estaria localizada onde hoje fica Kafr Kanna, uma cidade na Galileia, em Israel. Porém, McCollough aponta outro local: Khirbet Qana, a cerca de 16 quilômetros de distância.
McCollough, que lecionou religião e história no Centre College até 2017, argumenta que essa vila judaica, habitada entre 323 a.C. e 324 d.C., oferece o conjunto de evidências mais coerente com os relatos bíblicos. Entre os achados, estão túneis e cavernas com inscrições cristãs, cruzes e referências a “Kyrie Iesou” (Senhor Jesus, em grego), além de vestígios de práticas de veneração religiosa que remontam ao século V.
Esses elementos indicam que cristãos consideravam o local sagrado, visitando-o por séculos até as Cruzadas no século XII. “Descobrimos um grande complexo de cavernas de veneração cristã usado por peregrinos que vinham visitar o local do milagre”, afirmou McCollough à Pen News.
Durante a escavação, o pesquisador também encontrou um altar, uma prateleira com um jarro de pedra e espaço para mais cinco — exatamente o número de talhas descrito na narrativa bíblica. “Os textos de peregrinação da época descrevem práticas que batem com o que encontramos nesse complexo”, explicou.
McCollough também baseia sua teoria em descrições feitas pelo historiador judeu Flávio Josefo, que viveu no século I. Segundo ele, as referências geográficas de Josefo e do Novo Testamento coincidem com a localização de Khirbet Qana.
Além disso, o historiador contesta a tradição católica que consolidou Kafr Kanna como destino de peregrinação. “Essa associação só foi feita no século XVIII pelos franciscanos, que priorizavam a praticidade da rota de peregrinação em vez da precisão histórica”, argumentou.
A imagem de Jesus conhecida hoje — geralmente um homem de pele clara, cabelos longos e olhos claros — foi moldada por influências culturais e artísticas, especialmente da Europa, ao longo dos séculos.
reprodução / midjourney
Além do cristianismo, ele é reconhecido como um grande profeta no islamismo e respeitado em outras tradições religiosas.
floyd99/Pixabay
Sua mensagem de amor e salvação influenciou bilhões de pessoas ao longo dos séculos, moldando culturas, éticas e sistemas de crença.
Alex Muzzi/Pixabay
Para os cristãos, Jesus é o Messias prometido nas Escrituras Judaicas (o Antigo Testamento), o Salvador do mundo e a encarnação de Deus.
Richard Bell/Unsplash
Segundo a fé cristã, sua morte foi um sacrifício voluntário para redimir os pecados da humanidade. Três dias depois, ele ressuscitou, aparecendo aos seus discípulos antes de ascender aos céus.
Gerd Altmann/Pixabay
Por desafiar a ordem vigente, Jesus foi preso, julgado e condenado à morte por crucificação, uma execução comum na época.
Freepik/kjpargeter
Jesus escolheu doze apóstolos para acompanhá-lo e espalhar sua mensagem. Entre eles estavam Pedro, Tiago, João e Judas Iscariotes, que mais tarde o trairia.
Marian Florinel Condruz/Unsplash
Seus ensinamentos, registrados principalmente nos Evangelhos do Novo Testamento, incluíam discursos que desafiavam normas sociais e religiosas da época, atraindo seguidores, mas também enfrentando oposição das autoridades judaicas e romanas.
Paul Zoetemeijer Unsplash
Segundo relatos, Jesus também teria realizado milagres, como multiplicar alimentos, curar enfermos, expulsar demônios e até ressuscitar mortos.
Freepik/wirestock
Aos 30 anos, Jesus começou seu ministério público, pregando a chegada do Reino de Deus, mensagens de amor, perdão, compaixão e justiça.
Thomas/Pixabay
Jesus foi criado em Nazaré, na Galileia, e pouco se sabe sobre sua infância e juventude, exceto por um episódio no Templo de Jerusalém, onde, ainda criança, impressionou os doutores da lei com seu conhecimento.
Autor Desonhecido / Dominio Publico
Jesus teria nascido por volta do ano 4 a.C., em Belém, e morrido por volta do ano 30 ou 33 d.C., em Jerusalém.
Reprodução/YouTube
De acordo com os Evangelhos do Novo Testamento da Bíblia, Jesus nasceu em Belém, na Judeia (atual território de Israel e Palestina), durante o governo do rei Herodes.
Wikimedia Commons/Davidbena
Sua vida, ensinamentos e sacrifício formam a base do cristianismo, a religião com mais adeptos no mundo.
Jonathan Dick, OSFS/Unsplash
Segundo a tradição cristã, ele é o Filho de Deus, enviado ao mundo para salvar a humanidade do pecado e da morte eterna.
Domínio Público
Jesus Cristo é uma das figuras mais conhecidas e influentes da história da humanidade.
Rolf Dietrich Brecher/Wikimedia Commons
A equipe pretende retomar as escavações em breve e, no futuro, criar uma reconstrução digital sobre tudo que aconteceu ali.
Wikimedia Commons/Elias
Embora não haja prova definitiva de que seja o túmulo de Jesus, a arqueóloga ressaltou que a fé das pessoas foi crucial para preservar o local.
Wikimedia Commons/Berthold Werner
Também foram encontrados sinais de uso agrícola do terreno antes da construção da igreja, reforçando o cenário bíblico.
Wikimedia Commons/Hoshvilim
A escavação, liderada pela arqueóloga Francesca Romana Stasolla, revelou estruturas e objetos antigos, como uma base de mármore do século IV, moedas, cerâmicas e restos de alimentos, indicando práticas religiosas e peregrinações.
Divulgação/Universidade de Roma Sapienza
Foram encontrados restos de plantas e pólen que mostram que havia oliveiras e parreiras na área, o que bate com o relato descrito na bíblia.
Freepik/wirestock
De acordo com os estudiosos, os achados estão de acordo com a descrição do Evangelho de João, que menciona um jardim com um túmulo novo próximo ao local da crucificação.
Yannick Pulver/Unsplash
A pesquisa aconteceu na Igreja do Santo Sepulcro, onde muitos acreditam que Cristo foi crucificado e enterrado.
Martin Forciniti/Pixabay
De acordo com informações do jornal britânico The Mirror, novas escavações em feitas em Jerusalém podem ter revelado o túmulo de Jesus Cristo.
Reprodução facebook Liz & Alex
Para McCollough, suas descobertas podem reforçar a historicidade dos relatos bíblicos. “Nossas escavações mostraram que Khirbet Qana era uma vila judaica próspera, situada no centro das atividades de Jesus. Para o Evangelho de João, Caná era como uma base segura para Jesus, o local ao qual ele e seus discípulos retornavam quando enfrentavam resistência na Judeia”, disse.
A revelação faz parte de uma série de investigações arqueológicas recentes focadas em locais mencionados na Bíblia. Em março, por exemplo, pesquisadores anunciaram ter encontrado vestígios de um antigo jardim sob a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. E, no início do ano, arqueólogos em Israel identificaram possíveis evidências de uma batalha bíblica na cidade de Megido.
Com escavações ainda em andamento, McCollough acredita que o sítio arqueológico de Khirbet Qana pode transformar o entendimento histórico sobre os locais-chave do cristianismo.