A história de Renné Senna, um lavrador que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena e foi assassinado a mando da própria esposa, Adriana Almeida, continua a ser um dos casos criminais mais marcantes do Brasil. O crime, motivado pela ganância, aconteceu em janeiro de 2007, em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, e expôs uma trama de traição e frieza.

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Renné, que havia perdido as duas pernas por causa da diabetes, foi morto a tiros enquanto estava em um bar. O que parecia um assalto logo se revelou um plano arquitetado por Adriana para ficar com a herança milionária. As investigações mostraram que ela contratou dois homens para executar o marido menos de dois anos após o casamento.

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O lavrador conheceu Adriana em um bar, quando já era milionário. O relacionamento rápido culminou em um casamento que, segundo a acusação, sempre foi baseado no interesse financeiro. A desconfiança sobre o envolvimento dela surgiu logo após o crime, principalmente por parte da filha da vítima, que foi peça-chave para o avanço das investigações.

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A polícia descobriu a trama através de depoimentos e da quebra de sigilo telefônico, que comprovaram a comunicação entre Adriana e os executores. As evidências foram suficientes para levar a viúva e seus cúmplices ao banco dos réus.

Disputa pela herança e a condenação

O plano de Adriana de herdar a fortuna fracassou completamente. Pouco antes de morrer, Renné havia registrado um testamento no qual destinava metade de seus bens para a filha e a outra metade para seus irmãos, excluindo a esposa. A Justiça, posteriormente, a declarou "indigna" de receber qualquer parte da herança.

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Em 2016, Adriana Almeida foi condenada a 20 anos de prisão por ser a mandante do assassinato. Os dois homens contratados para cometer o crime também foram julgados e sentenciados. O caso teve tanta repercussão que inspirou a produção de um filme, que retratou a ambição que levou à tragédia.

Atualmente, Adriana cumpre a pena em regime semiaberto, benefício obtido em 2021. A herança milionária que motivou o crime permaneceu com a família de Renné Senna, conforme o desejo expresso em seu último testamento.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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