O jornal americano Washington Post destacou nesta quinta-feira (17/7) a atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo de Donald Trump para adoção de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O jornal afirma ter apurado a informação com quatro pessoas, duas delas ligadas ao governo americano, que viram um documento que prevê punições contra Moraes, mas que inicialmente o texto não foi bem recebido pelo Tesouro americano.

A tendência é que a Lei Magnitsky, que autoriza que o governo dos Estados Unidos imponha sanções a estrangeiros, possa ser aplicada ao ministro da Suprema Corte.

O periódico afirma que nas últimas semanas o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, ligado ao Tesouro, se opôs às punições ao ministro.

Um alto funcionário justificou a situação, afirmando que tal medida pode prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos.

“É difícil conceber uma ação que o governo Trump possa tomar na relação EUA-Brasil que seja mais prejudicial à credibilidade dos EUA na promoção da democracia do que sancionar um juiz da Suprema Corte de um país estrangeiro porque não gostamos de suas opiniões judiciais”, disse a autoridade.

A possibilidade foi confirmada pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, que afirmou que "há uma grande, grande possibilidade de que isso (sanção a Moraes) aconteça".

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O deputado publicou vídeos ao lado do influencer Paulo Figueiredo afirmando que vem discutindo punições com o governo americano e que a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros foi o "início de uma jornada que pode ser sombria para o Brasil".

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