Eduardo Bolsonaro volta a receber salário da Câmara dos Deputados
Apesar do pagamento, as contas do deputado federal estão bloqueadas o que impede que ele movimente o dinheiro
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Siga noO deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o início deste ano, voltou nesta terça-feira (5/8) a receber o salário da sua atuação na Câmara dos Deputados neste mês, após ter se licenciado por 120 dias do cargo.
O afastamento do cargo encerrou no dia 20 de julho, em meio ao recesso parlamentar, o que fez com que os vencimentos dos dias restantes fossem referentes a mais de R$ 13.300.
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Apesar disso, a Casa não deve repassar os próximos salários ao deputado já que foi emitida uma ordem de bloqueio do soldo. Os servidores que atuam para Bolsonaro devem seguir sendo remunerados, com valor total de mais de R$ 120 mil.
O bloqueio do salário, das contas bancárias, bens móveis e imóveis de Eduardo Bolsonaro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido a atuação do parlamentar junto ao governo dos Estados Unidos para aplicação de sanções ao Brasil e a representantes dos Três Poderes.
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O deputado já afirmou reiteradas vezes que não irá voltar ao Brasil e vem estudando junto a aliados formas de não ter o mandato cassado. Foi cogitada a criação de uma secretaria no governo do Rio de Janeiro apenas para que ele não perdesse o cargo, mas a ideia foi abandonada pelo governador Cláudio Castro.
A estadia de Eduardo e sua família nos Estados Unidos recebeu recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que revelou ter enviado R$ 2 milhões para o filho, valor que seria oriundo dos R$ 18 milhões que ele recebeu de PIX da militância bolsonarista em 2023, quando pediu dinheiro para pagar multas aplicadas a ele durante a pandemia de COVID-19.
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A atitude de Jair Bolsonaro fez com que Moraes apontasse o ex-presidente como financiador de uma tentativa de golpe de Estado. A atuação de Eduardo Bolsonaro é vista como “claros e expressos atos executórios de traição ao Brasil e flagrantes confissões da prática de atos criminosos", afirmou Moraes.