Governo Zema desiste de federalizar a EMC após recusa da União
Projeto que entregava a Empresa Mineira de Comunicação (EMC) para o governo federal será arquivado nos próximos dias
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Siga noO governo de Romeu Zema (Novo) vai pedir o arquivamento do projeto de lei que autorizava a federalização da Empresa Mineira de Comunicação (EMC) no âmbito da renegociação da dívida do Estado com a União, avaliada em mais de R$ 170 bilhões. A decisão ocorre após o governo federal afirmar que não há interesse em assumir a gestão da empresa.
Em coletiva nesta terça-feira (12/8), o vice-governador e presidente do comitê gestor do Programa de Pleno Pagamento de Dívida dos Estados (Propag), Mateus Simões (Novo), disse que a federalização da EMC será retirada da tramitação nos próximos dias. A empresa é dona da Rede Minas e da Rádio Inconfidência.
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Segundo Simões, o foco do governo na Assembleia Legislativa será votar o fim do referendo para privatização das empresas de Saneamento (Copasa) e Energia (Cemig) e a lei geral das federalizações. Esse último projeto permite a transferência de outros ativos empresariais, em especial a Minas Gerais Participações S.A, estatal que gerencia alguns ativos do governo.
“A saída da EMC é que faz crescer a importância da gente oferecer a MGI e ela pode ser oferecida com base na lei geral de federalização de ativos empresariais. Por isso que eu disse que são três leis que passam a ter foco para nós”, disse.
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A federalização da MGI também faz parte dos planos do governo para a Cemig. As ações do governo na empresa energética são de propriedade da MGI, que possui 5,97% da estatal com direito a votos.
A MGI também tem participações menores na Copasa e na Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Essa última é acionista majoritária da Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig), principal ativo do governo a ser federalizado no Propag.