O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou, nessa segunda-feira (4/8), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo paulista questionou os fundamentos da medida e fez um alerta sobre os riscos à democracia.

“A prisão de Jair Bolsonaro é um absurdo. A verdade é que Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar”, escreveu. Segundo Tarcísio, o ex-presidente estaria sendo punido por uma “tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”. O governador também afirmou que a decisão atinge não apenas Bolsonaro, mas todos que compartilham de seus ideais.

“Hoje, cada um dos brasileiros de bem que acredita na liberdade, na democracia e na justiça está sendo punido também. Mas saibam, não vão calar o movimento. Força, presidente. Estamos com você.”

Em sua fala, o governador ainda cobrou das instituições uma postura de apaziguamento, ao invés de acirramento da crise política. “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais? Já passou da hora das instituições tomarem iniciativas para desescalar a crise.”

A declaração vem na esteira da reação de outros aliados do ex-presidente, que viram na decisão de Moraes um excesso e um sinal de perseguição política. O STF determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro após identificar, segundo o ministro, o descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de usar redes sociais direta ou indiretamente para atacar as instituições.

Com a nova decisão, Bolsonaro está impedido de sair de casa, receber visitas sem autorização judicial e usar ou manter aparelhos eletrônicos, como celulares. O descumprimento pode levar à decretação de prisão preventiva.

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Leia a decisão na íntegra

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