A maioria dos mineiros avaliou de forma negativa a atuação do governador Romeu Zema (Novo) diante do chamado “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. O governador, que atribuiu publicamente a responsabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve sua conduta reprovada por 41% dos eleitores, segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira (22/8). Apenas 33% consideraram positiva a postura de Zema, enquanto 26% não souberam responder.

Na comparação, Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) registraram índices de rejeição ainda maiores. De acordo com o levantamento, 54% dos mineiros avaliaram que o petista agiu mal em relação à medida de Trump, enquanto 36% consideraram que ele conduziu bem o episódio. Outros 10% não souberam responder.

Bolsonaro teve o pior desempenho entre os três: 55% desaprovaram sua atuação, 25% disseram que ele agiu bem e 20% não responderam. O anúncio do tarifaço por Donald Trump foi justificado, entre outros pontos, pelo julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.

Outro fator que repercutiu no cenário político foi a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Desde março, ele está nos Estados Unidos e tem buscado interlocução com autoridades locais para pressionar pela adoção de sanções contra o Brasil em razão dos processos enfrentados pelo pai.

Nesta semana, ele e o pai foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por coação, sob a acusação de tentar interferir no processo sobre a trama golpista.

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Tarifaço

Lula tem adotado o discurso de reciprocidade nas relações comerciais diante da imposição de tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. Já Zema, além de culpar o petista pela medida, liberou R$ 100 milhões em créditos de ICMS para empresas exportadoras e a disponibilização de R$ 200 milhões por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com juros subsidiados. 

Pesquisa

O levantamento foi feito entre os dias 13 e 17 de agosto, com 1.482 eleitores mineiros. A margem de erro estimada é de três pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

Confira a pesquisa na íntegra:

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