MULHERES

Cigarro e anticoncepcional: combinação perigosa para o cérebro

Neurocirurgião alerta para o risco de trombose venosa cerebral, que pode aumentar em até 10 vezes com a associação dos dois fatores, principalmente após os 35

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O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado nesta sexta-feira (29/8), reforça os malefícios do cigarro à saúde. Mais do que pulmões e coração, o tabagismo também ameaça o cérebro. Segundo o professor Feres Chaddad e chefe da neurocirurgia vascular da UNIFESP, um dos pontos de maior alerta é a trombose venosa cerebral (TVC), condição rara, mas grave, cujo risco pode aumentar de forma significativa quando há o uso combinado de cigarro e anticoncepcionais.

“Quando cigarro e anticoncepcional andam juntos, o risco de TVC se multiplica e pode aumentar em até dez vezes em certos perfis”, explica.

O que é trombose venosa cerebral?

A TVC ocorre quando um coágulo sanguíneo obstrui veias ou seios venosos do cérebro, comprometendo a drenagem adequada. Os sintomas variam, mas os sinais de alerta incluem dor de cabeça persistente e intensa, visão turva ou dupla, convulsões, perda de força em um dos lados do corpo e alterações na fala.

“A trombose venosa cerebral pode se manifestar inicialmente como uma dor de cabeça forte, e em estágios mais avançados causar convulsões, paralisias ou alterações visuais. É um quadro sério e que exige atenção imediata”, detalha o especialista.

Feres Chaddad, neurocirurgião especialista em doenças cerebrovasculares
Feres Chaddad, neurocirurgião especialista em doenças cerebrovasculares Arquivo pessoal

O perigo da combinação

Isoladamente, tanto o tabagismo quanto o uso de anticoncepcionais já elevam o risco de trombose. Quando associados, porém, esses fatores tornam-se ainda mais perigosos.

“Cada condição que se soma aumenta consideravelmente o risco. Mulheres que fumam e usam anticoncepcionais com estrogênio precisam ter atenção redobrada, principalmente após os 35 anos ou quando há histórico familiar de problemas circulatórios”, alerta o neurocirurgião.

Caminhos de prevenção

De acordo com o neurocirurgião, o primeiro passo é claro: parar de fumar. Além disso, recomenda que mulheres fumantes conversem com seus médicos sobre métodos contraceptivos alternativos, que ofereçam menos riscos.

“Para mulheres fumantes, é fundamental avaliar opções como o DIU com levonorgestrel ou métodos apenas com progesterona, que não aumentam de forma significativa a chance de trombose”, orienta.

Um alerta para o Dia Nacional de Combate ao Fumo

A data reforça a importância da conscientização sobre os danos do tabaco. Além das doenças respiratórias e cardiovasculares já conhecidas, o cigarro também está ligado a complicações neurológicas severas, como a TVC e até casos de AVC em adultos jovens.

“Parar de fumar hoje é um passo decisivo para proteger não só o coração e os pulmões, mas também o cérebro. O impacto positivo é imediato e aumenta ao longo dos anos”, diz o neurocirurgião.

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