QUALIDADE DE VIDA

"A palavra-chave no enfrentamento da demência é paciência", diz psicólogo

As doenças degenerativas comprometem gradativamente a memória e outras funções essenciais

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Milton Nascimento, ícone da música nacional, foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy (DCL), aos 82 anos. O comunicado, divulgado pela “revista piauí”, e confirmado pela família, trouxe à tona um debate importante sobre as doenças degenerativas que afetam a memória e a qualidade de vida na terceira idade. 

O que é demência?

Como explica Alexander Bez, psicólogo e especialista em saúde mental, a demência é uma condição neurológica degenerativa, que provoca a deterioração progressiva das células do cérebro, impactando funções cognitivas, comportamentais e até motoras. “Doenças como Alzheimer, Parkinson e a demência por corpos de Lewy são alguns exemplos desse grupo de sintomas cognitivos e sociais.”

De acordo com Alexander, a evolução da doença ocorre em estágios. Nos níveis iniciais, os sinais são sutis, como pequenos esquecimentos e desorientações temporárias. 

A partir do nível 4, no entanto, o quadro se torna mais preocupante, pois o paciente passa a perder autonomia em atividades básicas, como se alimentar, tomar banho ou lidar com situações cotidianas simples.

Impactos e desafios

Além da perda cognitiva, sintomas como agressividade, alterações de comportamento, confusão temporal e espacial, distúrbios do sono e até importunações sexuais podem surgir. “Essas mudanças são particularmente dolorosas para as famílias, que enfrentam um sofrimento duplo: o do paciente e o de seus entes queridos”, destaca o psicólogo.

O tratamento multidisciplinar, segundo ele, não tem caráter curativo, mas busca oferecer conforto, retardar a progressão da doença e preservar ao máximo a qualidade de vida. Isso envolve medicamentos, suplementação, psicoterapia e acompanhamento multidisciplinar, incluindo apoio para familiares e cuidadores.

“A palavra-chave no enfrentamento da demência é paciência. Paciência para lidar com as alterações de conduta do paciente e compreensão de que se trata de uma doença contínua, gradual e devastadora. A família precisa entender que cada dia o paciente está presente – e ao mesmo tempo não está. É um aprendizado diário de carinho, cuidado e aceitação”, afirma Alexander. 

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