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Estado de Minas

CPI das Fake news representa medo que os pol�ticos tem de perder o poder

"O novo poder cibern�tico pode ser compartilhado, mas j� n�o pode ser domado"


postado em 06/11/2019 06:00 / atualizado em 06/11/2019 10:12

CPI das Fake news é, na verdade, a revelação do medo que os políticos têm de perder o poder para a inevitável democratização do direito de opinião(foto: Pedro Franca/Agência Senado)
CPI das Fake news �, na verdade, a revela��o do medo que os pol�ticos t�m de perder o poder para a inevit�vel democratiza��o do direito de opini�o (foto: Pedro Franca/Ag�ncia Senado)


A “CPI das Fake news” �, na verdade, a revela��o do medo que os pol�ticos t�m de perder o poder para a inevit�vel democratiza��o do direito de opini�o, de manifesta��o e a pulveriza��o do monop�lio do poder. Cobrando impostos � raz�o de um ter�o de tudo o que se produz e vende, o Estado brasileiro det�m o monop�lio da riqueza. Ao mesmo tempo, os que t�m mandato conferido pelo voto det�m o monop�lio de decis�es que afetam a vida de todos.

Essa concentra��o de poder econ�mico e pol�tico est� em vias de acabar, principalmente por causa de uma novidade surgida h� apenas 50 anos. No in�cio de novembro de 1969, anunciava-se que pela primeira vez um pacote de dados fora transmitido dias antes entre os computadores de duas universidades, na Calif�rnia.

Aqui no Brasil, essa revolu��o s� foi percebida por muitos pol�ticos na �ltima elei��o presidencial, quando as redes sociais, e n�o o dinheiro de empreiteiras e estatais, nem os marqueteiros, nem a propaganda televisiva, elegeram um presidente da Rep�blica.

Os brasileiros n�o ficam atr�s dos navegadores digitais do Primeiro Mundo. Em mensagens e participa��o em redes sociais, nos equiparamos aos de pa�ses de alta renda. Perdemos ainda em velocidade, mas o 5G vem a� e j� foi experimentado no Rock in Rio. A fibra �tica est� ajudando a integrar a Amaz�nia, serpenteando pelos leitos dos rios. 38 sat�lites j� cobrem o pa�s, que est� cada vez mais abastecido de provedores de banda larga.

Nos governos petistas, houve insistente tentativa de controlar os meios de informa��o, sob o eufemismo de “regula��o da m�dia”. N�o conseguiram. E seria in�til e ultrapassado, pois j� surgia a for�a das redes sociais, livres e soltas. Governos tentam, na China, Coreia do Norte, Cuba. O problema � a diferen�a de velocidade entre a burocracia estatal e a tecnologia privada. Enquanto a CPI se perde em discuss�es, o mundo cibern�tico se renova, se recria, se recicla, se redescobre numa raz�o mais r�pida que a raz�o humana.

A tecnologia vai � frente da pol�tica. O mundo digital leva todos para a grande �gora, a pra�a p�blica do mundo, onde todos t�m voz e onde ningu�m tem o monop�lio do palanque, onde o carro de som � de todos e ningu�m � dono dele.

Os que eram donos do poder tentam controlar esse novo poder, mas como n�o participaram de seu nascimento, n�o conseguir�o mudar os rumos de um sistema que anda sozinho e � velocidade da luz. O novo poder cibern�tico pode ser compartilhado mas j� n�o pode ser domado.

Legislativo, Executivo e Judici�rio, poderes ordenados por Montesquieu em 1748, ter�o que se adaptar ao que surgiu em 1969, na Calif�rnia, com base no que foi formulado em 1859 por Charles Darwin: quem sobrevive � quem mais bem se adapta �s condi��es externas.

O Estado, seus poderes e seus pol�ticos est�o destinados, com o tempo, a se adaptar ao novo mundo digital, ou desaparecer.

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