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Estado de Minas

Bolsonaro foi a mina de ouro do PSL e o fundo partid�rio � o 'pomo da disc�rdia' da sigla

"A origem do racha est� na facilidade de se multiplicarem partidos pol�ticos, hoje mais de 30"


postado em 23/10/2019 04:00 / atualizado em 23/10/2019 14:19

Bolsonaro foi a mina de ouro que o PSL descobriu e essa cifra se tornou o pomo da discórdia(foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Bolsonaro foi a mina de ouro que o PSL descobriu e essa cifra se tornou o pomo da disc�rdia (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)
O PSL, partido do presidente Bolsonaro, est� dividido. Metade com o presidente da Rep�blica e metade com o presidente – e dono – do partido, deputado Luciano Bivar. A deputada Joyce Hasselmann foi destitu�da da lideran�a do governo no Congresso porque apoia a perman�ncia do l�der do PSL na C�mara, Delegado Waldir, e briga com o deputado Eduardo Bolsonaro, que a metade bolsonarista do partido quer na lideran�a. A briga desses dois, reconhe�amos, segue fielmente a transpar�ncia que a Constitui��o exige para o servi�o p�blico. Como novo l�der do governo no Congresso foi escolhido o senador Eduardo Gomes, do MDB; mais discreto, menos barulhento e com a experi�ncia de j� ter ocupado a estrat�gica 1ª Secretaria da C�mara. O l�der do governo no Senado tamb�m � do MDB. Como se nota, o governo n�o est� ligado apenas ao PSL.

A origem do racha est� na facilidade de se multiplicarem partidos pol�ticos, hoje mais de 30. Com 101 eleitores se pode fundar um partido. Com menos de 500 mil assinaturas em nove estados � poss�vel obter registro na Justi�a Eleitoral, disputar elei��es, ter hor�rio gr�tis no r�dio e na TV e... sacar alto no fundo partid�rio, que faz brilhar os olhos dos donos de partido. Legendas de aluguel, apenas r�tulos, marcas de fantasia, sem outra doutrina que o fisiologismo, escolhendo artistas, jogadores de futebol, celebridades, para atrair votos e... mais fundo partid�rio. Bolsonaro precisava de legenda e o PSL o acolheu. Tinha dois deputados. Depois da elei��o de Bolsonaro, ganhou 54 e virou segunda bancada na C�mara Federal. Vai ter R$ 400 milh�es de fundo partid�rio no ano que vem. Bolsonaro foi a mina de ouro que o PSL descobriu e essa cifra se tornou o pomo da disc�rdia.

Bolsonaro em campanha falou em mudan�as, inclusive nos partidos pol�ticos – transpar�ncia, ideias e ideais, altru�smo a servi�o do pa�s, investimento do fundo partid�rio para construir base s�lida municipal no pr�ximo ano, quando ser�o eleitos 5.565 prefeitos. O PSL confiou que a tradi��o de n�o cumprir promessa de campanha prevaleceria. Bolsonaro n�o aceitou ser seu partido apenas como mais do mesmo e denunciou o fisiologismo interno. Frustrou-se com o sonho de que este partido iria servir de modelo para uma reforma pol�tica de atitudes e costumes. Metade permaneceu com a fisiologia antiga; a outra metade quer a modernidade da transforma��o, na busca de um pa�s s�rio.

Os R$ 400 milh�es s�o o tesouro que herdaram de Bolsonaro e que despertam o imediatismo. Mas em tr�s anos acabar�o seus mandatos e n�o ter�o a locomotiva que os rebocou. O pior dessa hist�ria � que esse monte de dinheiro vem dos impostos de todos; antes vinha de empreiteiras e outras grandes empresas, como um certo frigor�fico, nem mercado de compra e venda de medidas provis�rias, projetos, propinas, doa��es de campanha. O PSL � apenas um entre tantos partidos que n�o t�m interesse em mudar essa vida fisiol�gica. Pergunte a dirigentes partid�rios quais s�o os princ�pios e doutrina. A resposta vai ser sempre a mesma: justi�a social – se assim fosse, j� teriam acabado as desigualdades no Brasil. Nas investiga��es, a Lava-Jato encontrou o mais abjeto fisiologismo em dirigentes e l�deres de 14 dos principais partidos, o que confirma a triste situa��o que o eleitor de outubro tenta mudar.

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