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Estado de Minas ALEXANDRE GARCIA

� mentira que existem 33 milh�es de pessoas passando fome no Brasil

Lula e a m�dia vinham repetindo, durante a campanha como fazia Goebbels, que o Brasil tem 33 milh�es de famintos


09/11/2022 04:00 - atualizado 09/11/2022 07:03

Certa vez, Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um número que ninguém tinha como checar
Certa vez, Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um n�mero que ningu�m tinha como checar (foto: DOUGLAS MAGNO/AFP)


Antes das elei��es, o Brasil tinha 33 milh�es de famintos. Uma semana depois, a maioria ficou alimentada. Restaram 1,9 milh�o abaixo da linha de pobreza. O candidato e a m�dia vinham repetindo, como fazia Goebbels, que o Brasil tem 33 milh�es de famintos. Claro que quem tem olhos para ver n�o via isso, ou as ruas estariam cheias de pedintes do tamanho de tr�s Portugal. Mas o candidato e sua m�dia repetiam: 33 milh�es de brasileiros famintos. Agora aparece o Banco Mundial para estragar a narrativa: h� bem menos brasileiros em extrema pobreza. Despencou de 25 milh�es em 1990 para 1,9 milh�o em 2020. Para os padr�es econ�micos internacionais, extrema pobreza � de quem ganha menos de 2,15 d�lares por dia. O Aux�lio Brasil corresponde ao dobro desse valor.

S� Paraguai conseguiu semelhante proeza na Am�rica Latina. Outros est�o dobrando a pobreza. Mas a mitomania tupiniquim gostou dos 33 milh�es e ficou a repetir. Certa vez, Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um n�mero que ningu�m tinha como checar. Ele se referia a 25 milh�es de crian�as de rua sem ter onde morar, conforme relato do pr�prio Lula, sobre uma palestra que ele fizera em Paris. Lula contou que o arquiteto Jayme Lerner observara que com essa multid�o de meninos n�o conseguir�amos sair �s ruas e Lula confessou, rindo, que inventava os n�meros. Agora impressionou brasileiros desinformados e que n�o acreditam naquilo que seus pr�prios olhos veem nas ruas. Mas apareceu agora um jovem economista da FGV tentar amenizar o tamanho da mentira ao dizer que de 2020 para 2021 a mis�ria subiu.

O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ningu�m entrou no TSE reclamando da fake news. Ali�s, se entrasse, dependeria do ju�zo do tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral. At� aqui nenhuma novidade, j� que � do conhecimento p�blico o desequil�brio da balan�a da T�mis tupiniquim. Imaginem que agora, depois das anomalias mostradas pelo argentino, apenas pelo fato de Marcos Cintra ter cobrado uma explica��o do TSE, o ex-secret�rio da Receita foi bloqueado nas redes sociais e tratado como bandido, com prazo de 48 horas para a Pol�cia Federal colher depoimento dele. O ex-presidente do TSE, ministro Marco Aur�lio, n�o viu crime em expressar opini�o e tamb�m expressou a dele: “� dif�cil conceber sess�es com dezenas de votos apenas para um determinado candidato.” Palavras de quem j� presidiu elei��es.

Derrogam-se os artigos 5º e 220 da Constitui��o, que tratam da livre manifesta��o do pensamento sem anonimato e da liberdade de express�o e veda��o da censura. O crime de opini�o j� foi criado h� tr�s anos pelo Supremo. Resta-nos a vergonha de estarmos exportando para ditaduras o est�mulo para censurar liberdades. A Nicar�gua acaba de imitar o Brasil. Aprovou a Lei Especial de Delitos Cibern�ticos, com at� 10 anos de pris�o para quem postar o que, para a ditadura Ortega, seja fake news. A verdade pode ser julgada mentira. E vice-versa. Mentir sobre 33 milh�es de famintos vira verdade quando a mentira � publicada muitas vezes.



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