A recess�o n�o veio, para azar dos pessimistas

N�o � f�cil fazer previs�es econ�micas em um mundo cada vez mais inst�vel. Em 2019, os especialistas erraram feio em muitas proje��es. O curioso � que, desta vez, eles exage- raram no pessimismo. No in�cio do ano, dizia-se que o planeta entraria em recess�o, talvez at� repetindo o per�odo sombrio de 2008, quando a economia globa l sofreu com a quebradeira de diversas institui��es financeiras nos Estados Unidos. Se o mundo n�o nadou em dinheiro em 2019, � cada vez mais improv�vel que um fen�meno parecido com o de uma d�cada atr�s possa se repetir no futuro pr�ximo. No terceiro trimestre, o PIB americano cresceu 2,1% na compara��o com os tr�s meses anteriores, superando a expectativa dos analistas. A economia chinesa desacelerou, mas bem menos do que os pessimistas tinham estimado. Na Europa, os indicadores econ�micos t�m apresentado certa estabilidade e at� o Brasil, que sempre termina o ano pior do que come�ou, revisou para cima suas proje��es de crescimento do PIB.

 

 

Um dos desafios do ministro da Economia, Paulo Guedes, � diminuir o peso das estatais sobre os ombros dos brasileiros. O caminho � longo, mas os primeiros passos foram dados. Segundo o Boletim das Estatais Federais, entre 2015 e 2019, o endividamento das empresas p�blicas caiu de R$ 544 bilh�es para R$ 325 bilh�es. O quadro de pessoal tamb�m encolheu. “S�o medidas que visam tornar as empresas mais saud�veis para os processos de privatiza��o”, diz Salim Mattar (foto), secret�rio de Desestatiza��o.

A excelente performance do Ibovespa, o principal �ndice da bolsa brasileira, em 2019 anima os investimentos, mas o desempenho est� longe de representar um recorde. At� a �ltima sexta-feira, o indicador tinha avan�ado 31%, um ritmo de crescimento muito forte. Nos �ltimos anos, por�m, a melhor marca � a de 1999, quando o Ibovespa disparou impressionantes 152%. Em segundo lugar est� o ano de 2003, quando o Ibovespa avan�ou 97%, logo � frente de 2009, com alta de 83%.

Os empres�rios do mercado de higiene, perfumaria e cosm�ticos est�o preocupados com a proposta de reforma tribut�ria do governo. Segundo a Abihpec, a associa��o do setor, a ideia de retirar o setor do regime monof�sico do PIS/Cofins implicar� aumento m�dio de 8,3% no pre�o dos produtos. “O modelo fatiado vai gerar aumento de carga tribut�ria e infla��o, al�m de diminuir o acesso da popula��o a produtos essenciais para a sa�de”, afirma Jo�o Carlos Basilio, presidente da entidade.

» O Magazine Luiza deu um importante passo para ingressar no mercado de livros. Na sexta-feira passada, a Superintend�ncia Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) aprovou sem restri��es a compra da Estante Virtual, livraria on-line que faz parte do Grupo Cultura. O neg�cio est� avaliado em R$ 44 milh�es.

» Os insetos est�o entrando no card�pio dos europeus. H� alguns dias, a Roberts Bakery, uma das mais tradicionais redes de padarias do Reino Unido (foi fundada em 1887), lan�ou p�es feitos de grilos. Cada p�o cont�m 336 insetos, que s�o mo�dos antes de ser misturados com farinha de trigo. Segundo a empresa, os insetos t�m “credenciais ambientais muito fortes” e s�o “�tima fonte de prote�nas.”

» Em tempos de �ndices elevados de desemprego, chama a aten��o o ritmo de contrata��es do Grupo GR, uma das maiores empresas de seguran�a privada do pa�s. Em 2019, a companhia incorporou 2 mil novos funcion�rios. No ano que vem, a expectativa � abrir 500 vagas.

» A empresa de seguran�a digital SplashData divulga todos os anos a lista de senhas mais fracas para o acesso a redes e sistemas fechados. Mais uma vez, a senha “123456” lidera a rela��o, seguida por “123456789”. Para criar o ranking, a SplashData analisa milh�es de senhas vazadas ao longo do ano.

 

 

"O dinheiro � s� uma consequ�ncia. Eu sempre digo � minha equipe: se voc� fizer o seu trabalho direito, o lucro vir�” - Bernard Arnault, presidente da LVMH, holding francesa de artigos de luxo que controla marcas como Louis Vuitton, Tiffany, Dior e Dom P&eG, entre muitas outras