Como o d�lar caro prejudica pequenos empreendedores

J� foi maior o �nimo dos pequenos empres�rios com o governo Bolsonaro. Por mais que o ministro Paulo Guedes diga que o d�lar na casa dos R$ 5 n�o preocupa, muitos deles sofrem com a disparada da moeda americana. “Tenho uma f�brica com 20 funcion�rios e preciso de componentes da China”, diz um empreendedor paulista. “Em um ano, o valor dos componentes aumentou 30%. Repassei parte disso para o meu pre�o final e sabe o que aconteceu? Perdi clientes. Para compensar, mandei dois empregados embora. Essa � a l�gica perversa do d�lar caro.” O exemplo acima � apenas um pequeno retrato das dificuldades impostas pelo novo cen�rio econ�mico. Grandes empres�rios tamb�m t�m demonstrado alguma impaci�ncia com a dificuldade de o pa�s acelerar o crescimento e, principalmente, gerar um volume expressivo de empregos. Sem a retomada do mercado de trabalho, o consumo n�o vai pra frente. Sem consumo, o Brasil n�o anda.

 

 

� quanto a avia��o comercial vai perder com o avan�o do coronav�rus. O c�lculo � da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (Iata), que representa 290 empresas. Segundo a entidade, as reservas t�m ca�do drasticamente

 

� ineg�vel que o coronav�rus ter� efeitos negativos na economia. “Dito isso, os representantes do governo – ministros, base aliada e a turma das redes sociais – n�o podem usar a epidemia como desculpa para o desempenho modesto da economia”, diz um empres�rio da �rea de sa�de. “No ano passado, quando o PIB do Brasil cresceu 1,1%, nenhuma epidemia atrapalhou a atividade econ�mica.” At� pouco tempo atr�s, ningu�m do meio empresarial fazia cr�ticas incisivas ao governo.

Se o coronav�rus n�o pode ser desculpa para o modesto crescimento do pa�s, � preciso reconhecer que ele, de fato, provocar� muitos estragos. Um exemplo: ontem, a companhia a�rea brit�nica Virgin Atlantic informou que ir� adiar o lan�amento da nova rota de Guarulhos, em S�o Paulo, para Londres, na Inglaterra. O prazo previsto era 29 de mar�o, mas foi alterado para 5 de outubro. O motivo alegado pela empresa foi o avan�o do coronav�rus no mundo inteiro.

 

 

O plano agressivo de abertura de franquias acelerou os resultados da Arezzo, rede de moda feminina, no final do ano passado. Entre outubro e dezembro de 2019, o lucro l�quido da empresa avan�ou 50,6% na compara��o com igual per�odo de 2018. A Arezzo fechou 2019 com 737 franquias no Brasil e no exterior. Ontem, o presidente da companhia, Alexandre Birman, afirmou durante teleconfer�ncia com analistas que as vendas no primeiro trimestre de 2020 dever�o crescer no patamar de dois d�gitos.

 

» A Argentina, quem diria, melhorou em fevereiro alguns de seus indicadores. No m�s passado, as vendas de carros no atacado (para concession�rias) cresceram 5,7% em rela��o a janeiro, enquanto a produ��o avan�ou 26,4% na mesma compara��o. Apesar dos n�meros positivos, o pa�s est� longe de recuperar os �ndices de 2017, antes da crise.

» A Oi, que est� em recupera��o judicial desde 2016, busca novas ideias para arejar os neg�cios. Ontem, a empresa anunciou a executiva Claudia Quintella Woods como nova integrante de seu Conselho de Administra��o. Claudia � diretora-geral da Uber no Brasil e antes foi respons�vel pelos canais digitais do Banco Original.

» A startup brasileira Zee.Dog, empresa de produtos para animais de estima��o com escrit�rios tamb�m na China e Espanha, se tornou a primeira do pa�s a adotar a semana de quadro dias. A partir de agora, os funcion�rios ter�o folga �s quartas-feiras. Segundo a companhia, testes mostraram que a medida aumenta a produtividade.

» O Brasil est� prestes a ganhar mais um unic�rnio, como s�o chamadas as empresas iniciantes avaliadas em pelo menos US$ 1 bilh�o. Nesta semana, o site de classificados OLX anunciou a compra do Grupo Zap, dono dos sites de im�veis Zap e VivaReal. A uni�o deve gerar uma empresa avaliada em US$ 3 bilh�es.