Investidores ignoram a crise pol�tica e a recess�o no Brasil

A sucess�o de esc�ndalos, confus�es e pol�micas em Bras�lia parece n�o surpreender mais o mercado financeiro. Ontem, a bolsa fechou em alta, apesar da pris�o de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do senador Fl�vio Bolsonaro, da queda de mais um ministro e de o pr�prio presidente admitir que o “momento � dif�cil”. N�o � a primeira vez que os investidores ignoram a turbul�ncia pol�tica. O que justifica a indiferen�a? Uma das explica��es razo�veis � que, no Brasil, as crises foram normalizadas. S�o tantas que n�o faz sentido permitir que elas causem transtornos no dia a dia. � preciso, de alguma maneira, seguir adiante. N�o deixa de ser curioso notar tamb�m que o Ibovespa, o principal �ndice da bolsa brasileira, se aproxima novamente da simb�lica marca dos 100 mil pontos, enquanto os economistas projetam para o fim de 2020 uma das maiores quedas do PIB na hist�ria. Ser� que os investidores enxergam coisas que ningu�m v�?

As dificuldades de deslocamento impostas pela pandemia obrigaram as empresas a buscar solu��es criativas para manter atividades corriqueiras. Nesta semana, o vice-presidente e head global de Opera��es da Nestl�, Magdi Batato, que est� baseado na sede de Vevey, na Su��a, realizou uma visita inusitada � f�brica de Ca�apava (SP). O executivo usou �culos de realidade virtual para acompanhar, em tempo real, o funcionamento da unidade. � como se ele estivesse dentro da f�brica.

 

Na ind�stria 4.0, rob�s obedecem a comandos de voz

A realidade virtual integra uma s�rie de adapta��es tecnol�gicas que a Nestl� tem realizado em suas opera��es. � a era da ind�stria 4.0. Entre as iniciativas est�o o uso de rob�s colaborativos, ve�culos aut�nomos, impressoras 4D, pain�is digitais de controle de manuten��o e at� voice picking (deslocamento de rob� por comando de voz) para o manejo de cargas nos centros de distribui��o, o que permite que os operadores trabalhem sem materiais na m�o e de forma remota.

 

 

 

 

A morte de Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes (Lojas Riachuelo), encerra uma incr�vel trajet�ria. Pai do tamb�m empres�rio Fl�vio Rocha, Nevaldo teve uma inf�ncia pobre no sert�o nordestino. Aos 12 anos, conseguiu o primeiro emprego como vendedor em uma relojoaria. Era t�o h�bil nos neg�cios que acabou comprando a empresa onde trabalhava. Pouco depois, abriu a loja de roupas que seria o embri�o de um dos maiores grupos t�xteis do Brasil. Nevaldo tinha 91 anos.

 

» O Grupo Solum lan�a em julho o curso on-line “Al�m da bolsa”. O objetivo � ensinar, por meio da plataforma Eduzz, como funciona o mercado de Private Equity e Venture Capital para investidores. As aulas ser�o ministradas por nomes como Pedro Janot (ex-presidente da Azul e da Zara), Rodrigo Fiszman e Patricia Stille (ambos ex-s�cios da XP).

» Sete mil pessoas se inscreveram na edi��o 2020 do hackathon (maratona de inova��o), promovido pelo Grupo CCR, maior administrador privado de rodovias do pa�s, para criar solu��es tecnol�gicas capazes de melhorar a vida dos caminhoneiros. As tr�s melhores ideias v�o dividir um pr�mio de R$ 150 mil.

 

» A 99, empresa de tecnologia voltada � mobilidade urbana, traz uma nova proposta para Belo Horizonte, Bras�lia e Rio de Janeiro: o 99Entrega, que possibilita aos usu�rios enviarem objetos pessoais a conhecidos. Em Goi�nia, onde o servi�o estreou, os resultados foram positivos. Os primeiros 15 dias de opera��o geraram corridas 33% mais longas.

» A decis�o do governo de manter o cronograma de leil�es de infraestrutura deve beneficiar o setor de seguros de grandes riscos. A Austral Seguradora, especialista no setor, calcula que os pr�mios diretos no chamado seguro-garantia (para assegurar a conclus�o de obras) devem girar de R$ 15 milh�es a R$ 20 milh�es.