Por mais que o pior da crise econ�mica tenha ficado para tr�s, ela deixou um rastro de destrui��o que n�o pode ser ignorado pelas autoridades. Segundo a Confedera��o Nacional do Com�rcio, 135 mil lojas fecharam (foto) no segundo trimestre. Como ficam esses empres�rios? Muitos deles s�o pequenos empreendedores que, sem ajuda, n�o ter�o f�lego para se recuperar. Que programas o governo pretende lan�ar para reativar os neg�cios? Onde est�o as linhas de cr�dito para socorrer os lojistas? E os funcion�rios que perderam os empregos? Por que n�o se debate projetos de recoloca��o? O que o governo pretende fazer para estimular a gera��o de postos de trabalho? Ningu�m em Bras�lia parece preocupado em responder tais perguntas. Nem o presidente Bolsonaro, que se dedica exclusivamente a fazer campanha eleitoral. Enquanto isso, os empres�rios que viram os projetos de suas vidas falir e os trabalhadores que perderam renda permanecem largados � pr�pria sorte.
O legado de Shinzo Abe
O primeiro-ministro japo- n�s Shinzo Abe (foto), que este m�s setembro renunciar� por problemas de sa�de, n�o tornou a economia japonesa mais vibrante, como havia prometido. Na realidade, o Jap�o foi ultrapassado pela China como a na��o mais inovadora da �sia. Mesmo assim, seu legado merece ser lembrado. Nos �ltimos 7 anos, o programa de recompra de t�tulos p�blicos lan�ado por ele injetou US$ 4,8 trilh�es no PIB. Abe deixar� o cargo com uma taxa de desemprego em torno de 3%, uma das mais baixas da hist�ria.
A��es da Cogna desabam em agosto
As a��es da empresa de educa��o Cogna desabaram 31% em agosto. Foi a maior queda do m�s. O curioso � que a companhia � uma das queridinhas dos palpiteiros da fintwit, como � chamada a comunidade do mercado financeiro no Twitter. Uma conta simples ajuda a entender como muita gente perdeu dinheiro no embalo do oba-oba das redes sociais. Quem investiu R$ 100 mil nos pap�is da empresa no in�cio de agosto terminou o m�s com R$ 70 mil. Por isso � preciso ter cuidado com as dicas que se ouve por a�.
Pequenos neg�cios lideram abertura de empresas
O alto �ndice de desemprego empurrou muitos brasileiros para o empreendedorismo. Segundo pesquisa da Serasa Experian, 219,7 mil empresas foram abertas no pa�s em maio, o que significou um crescimento de 13% sobre abril. Como sempre, os pequenos neg�cios est�o na dianteira. Do total de firmas que sa�ram do papel, quase 80% foram na modalidade microempreendedores individuais (MEIS). Os n�meros refletem a necessidade – ou o desespero – para se encontrar algum tipo de renda.
US$ 6 bilh�es
� quanto, aos 90 anos, o americano Warren Buffett (foto) vai investir em cinco grandes tradings do Jap�o. Buffett disse que nunca se sentiu t�o ativo
"O tempo � curto e o espa�o
de manobra ainda menor.
Mas temos a oportunidade
de reduzir privil�gios, buscar
a sa�de fiscal do Estado
e perseguir um
crescimento inclusivo”
Arminio Fraga,
s�cio da G�vea Investimentos e presidente do Instituto
de Estudos para Pol�ticas de Sa�de (IEPS)
rAPIDINHAS
» Os cursos on-line vieram para ficar. A edtech peruana Crehana, que oferece cinquenta disciplinas nas �reas de marketing digital, neg�cios, publicidade, design e artes gr�ficas, viu o n�mero de alunos brasileiros quase dobrar desde o in�cio do ano. Atualmente, a empresa conta com 90 mil estudantes do Brasil. Eram 55 mil no come�o de 2020.
» A su��a Nestl� vai ampliar sua atua��o na �rea de medicamentos. Ontem, a empresa anunciou a compra, por US$ 473 milh�es, de 25% da biofarmac�utica americana Aimmune, que desenvolveu um tratamento para combater rea��es al�rgicas a alimentos. O problema afeta 240 milh�es de pessoas no mundo.
» O Brasil ter� sete novas usinas fotovoltaicas para gera��o distribu�da, modalidade de energia limpa que ganha espa�o no pa�s. Elas ser�o constru�das pela Engie, maior companhia privada do setor no pa�s, em parceria com a goiana BC Energia. Tr�s unidades ficar�o em Goi�s, enquanto Minas Gerais e o Distrito Federal ganhar�o duas usinas cada.
» Uma pesquisa realizada pela Universidade de Pequim constatou como as redes sociais podem ser deprimentes para quem enfrenta dificuldades. Segundo o estudo, 65% dos desempregados se sentem humilhados pelo “excesso de alegria” escancarado nos posts. Outros 58% afirmaram que mentem nas publica��es para “impressionar os amigos.”