Pandemia da COVID-19 acelera mudan�as no mundo do trabalho

As mudan�as nas regras trabalhistas, a escassez de empregos e o desejo de liberdade est�o levando � maior transforma��o no mundo produtivo desde a revolu��o industrial. Se os postos formais s�o escassos, h� cada vez mais espa�o para o trabalho independente, uma tend�ncia que dever� ganhar for�a no futuro pr�ximo.

E n�o se trata apenas de empreendedorismo, mas da possibilidade de fornecer servi�os para in�meros clientes. “Cada vez mais os trabalhadores ser�o os seus pr�prios patr�es”, diz o consultor Eduardo Tancinsky. A tecnologia tem contribu�do para a nova realidade.

“Ela facilita a atividade remota e abre caminhos para que a pessoa amplie o campo de atua��o.” A pandemia do coronav�rus tamb�m acelerou as mudan�as.

Com ela, o home office desabrochou, aumentando os n�veis de satisfa��o dos profissionais. “Todas as pesquisas mostram que a maioria das empresas est� feliz com o desempenho dos colaboradores que d�o expediente a dist�ncia”, afirma Tancinsky.

 

O sumi�o dos empregos na crise do coronav�rus afetou principalmente os jovens. N�o � toa, eles foram os que mais abriram empresas na pandemia. Segundo a Serasa Experian, pessoas entre 19 e 30 anos foram respons�veis por 35% dos neg�cios surgidos de janeiro a agosto. Para efeito de compara��o, os empreendedores acima de 51 anos tiveram 17% de participa��o. “Al�m de o mercado formal estar dif�cil, os jovens querem trabalhar naquilo em que acreditam”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa.

A Aryzta, empresa su��a de p�es, cookies e bolos, vai inaugurar no segundo semestre do ano que vem a sua maior planta no pa�s. Ela fica em Pouso Alegre (MG) e trar� uma novidade: ser� a primeira da ind�stria de panifica��o no mundo a instalar a tecnologia de congelamento cont�nuo. Significa que o p�o ser� produzido de forma automatizada, sem nenhuma interfer�ncia humana. Segundo a Aryzta, a unidade dever� gerar 200 empregos diretos e mil indiretos.

 

» A BCPAR, empresa controlada pela Buzzi Unicem e pelo Grupo Ricardo Brennand, assinou contrato para a compra das empresas cimenteiras do Grupo CRH no Brasil. Segundo Jos� Eduardo Ramos, CEO da Cimento Nacional, s�o tr�s f�bricas de cimento integradas e duas moagens, todas operando em estados do Sudeste do pa�s.

» A CRH Brasil vendeu em 2019 cerca de 2,5 milh�es de toneladas. De acordo com a empresa, a nova aquisi��o resultar� em um fortalecimento do grupo BCPAR, hoje com f�bricas instaladas na Para�ba e em Minas Gerais. A conclus�o do processo de compra est� sujeita � aprova��o do Cade.

» O banco americano Goldman Sachs estima que a economia global v� recuar 4,1% em 2020. Enquanto o mundo inteiro sofre, a China dever� fechar o ano no azul, com alta de 2% do PIB. Na Europa, a queda ser� de 7,9%.  Nos Estados Unidos, de 3,4%. Em 2021, o Goldman prev� que o PIB global crescer� 6,3%, pouco abaixo da China (previs�o de 7,4%).

» O cr�dito � um dos principais motores da economia. Nesse sentido, os n�meros ressaltam que a retomada j� come�ou. Em setembro, as concess�es de cr�dito livre (quando as taxas s�o acordadas entre o cliente e as institui��es financeiras) subiram 7,3% diante de agosto. Considerando apenas os empr�stimos para empresas, a alta foi ainda maior, de 10,6%.