
Nada � definitivo na pol�tica, mas o epis�dio Petrobras parece marcar um ponto sem volta entre Bolsonaro e a turma dos investimentos. “N�s sempre ignoramos as trapalhadas do presidente porque acredit�vamos que a agenda liberal em algum momento destravaria”, diz o s�cio de uma importante casa de an�lises.
“Eu diria at� que fechamos os olhos para as lamban�as na pandemia e outros equ�vocos cometidos pelo presidente, mas destruir ativos negociados em bolsa passou de todos os limites. O mercado jamais engoliria.”
O profissional, que n�o quer se identificar, diz que ser� dif�cil, para n�o dizer imposs�vel, reatar os la�os. “O que houve foi uma verdadeira ruptura.”
O executivo afirma que passou as �ltimas horas respondendo �s perguntas aflitas dos clientes. A recomenda��o para todos foi vender as a��es da Petrobras e passar longe dos pap�is de empresas estatais, pelo menos enquanto n�o houver uma mudan�a radical na postura do presidente.
� arriscado peitar o mercado
A hist�ria recente ensina que brigar com o mercado � uma atitude arriscada dos presidentes. Dilma Rousseff, a �ltima a fazer isso, nem sequer completou o seu mandato. Ontem, o Ibovespa, �ndice de refer�ncia do mercado acion�rio brasileiro, caiu 4,76% – foi a maior queda desde abril de 2020 –, gra�as sobretudo ao risco pol�tico criado por Bolsonaro ao interferir na Petrobras. Sozinha, a empresa petrol�fera perdeu R$ 72,6 bilh�es em valor de mercado.
E Guedes, como fica?
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre foi o fiador da suposta agenda liberal de Jair Bolsonaro. Com as patacoadas do presidente contra a Petrobras, e a indevida interfer�ncia na empresa, qual ser� a melhor sa�da para Guedes? Para gestores e analistas do mercado, ele foi a maior decep��o nessa hist�ria toda e ser� preciso muito esfor�o para reconquistar a confian�a do mercado, considerando que � improv�vel que as privatiza��es, ou at� mesmo as reformas, saiam. O futuro preocupa.
R$ 10,5 bilh�es
� quanto as empresas de tecnologia captaram, desde novembro, com ofertas p�blicas iniciais (IPOs) ou venda de lotes suplementares das a��es na bolsa brasileira. O valor � mais do que o dobro do registrado na hist�ria por todo o setor
Preju�zos em alta no mundo dos esportes
Os grandes eventos esportivos continuam acumulando preju�zos com a pandemia do coronav�rus. Ontem, o comit� organizador do Australian Open, um dos torneios de t�nis mais importantes do mundo, informou que a �ltima edi��o, vencida pelo s�rvio Novak Djokovic, gerou perdas de 65 milh�es de euros (cerca de R$ 434 milh�es). No Brasil, a proibi��o de p�blico nos est�dios reduziu o faturamento dos 20 maiores clubes do pa�s em R$ 2,5 bilh�es na temporada 2020, segundo a consultoria Sports Value.
'''Se o (Paulo) Guedes sair, eu aposto que Bolsonaro sofre impeachment'''
Rafael Ferri, fundador da plataforma de investimentos TradersClub
Rapidinhas
- A C&A lan�ou um novo servi�o: a retirada, nas lojas f�sicas, de produtos comprados pela internet – e no m�ximo em tr�s horas. Chamada Clique & Retire, a iniciativa est� dispon�vel em 276 unidades da marca em todos os estados, � exce��o de Cear� e Santa Catarina. Segundo a empresa, o projeto n�o tem custos adicionais para o cliente.
- O setor a�reo se prepara para os efeitos da imuniza��o em massa da popula��o mundial. Johan Lundgren, presidente da EasyJet, uma das principais companhias a�reas da Europa, disse que existem boas possibilidades de um “boom absoluto” das viagens no segundo semestre do ano. O executivo espera retomar todas as rotas at� o fim do ano.
- O McDonald’s vender� seus famosos sandu�ches e batatas fritas no universo dos videogames. A rede criou uma loja virtual dentro dos jogos “Minecraft” e “The Sims 4”. No local, o usu�rio encontra um cupom com um QR Code que, ao ser escaneado, direciona o jogador para o servi�o de delivery da rede de lanchonetes.
- As empresas da �rea de sa�de est�o promovendo uma verdadeira corrida � bolsa de valores. Fundado em Campinas, no interior de S�o Paulo, o grupo Hospital Care Caledonia protocolou o registro para a sua oferta inicial de a��es (IPO). A empresa nasceu em 2017 e cresceu ao integrar hospitais, cl�nicas e planos de sa�de.