
Entra e sai ano e o Brasil continua fazendo feio nos rankings que classificam os pa�ses de acordo com a facilidade para fazer neg�cios. Atualmente, o pa�s ocupa a vexat�ria 124ª posi��o entre 190 na��es. Na esperan�a de mudar o desempenho, o governo federal editou uma medida provis�ria (MP) que promete a simplifica��o de abertura de empresas, a prote��o de investidores minorit�rios e a redu��o de burocracias no com�rcio exterior, entre outras medidas. A MP precisa ser aprovada no Congresso.
E as reformas econ�micas, como ficam?
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem uma esp�cie de reforma ministerial ao trocar o comando em seis pastas. Enquanto isso, as reformas estruturais, que t�m potencial para destravar a economia e melhorar a vida de milh�es de brasileiros, continuam emperradas, sem qualquer sinal de vida. Para piorar, o cen�rio de paralisia tende a permanecer at� 2022, e � razo�vel supor que ele s� mudar� a partir de 2023, ap�s o resultado da elei��o presidencial. N�o � s� a intermin�vel crise pol�tica que det�m os �nimos reformistas. O agravamento da pandemia do coronav�rus – o que � resultado, ressalte-se, dos erros grosseiros cometidos pelas autoridades na gest�o da crise – tirou de cena qualquer possibilidade de se discutirem mudan�as, por exemplo, nas regras tribut�rias. O governo perdeu o timing e parece ter deixado de lado a disposi��o para fazer as transforma��es econ�micas necess�rias. Pelo visto, reformas s� mesmo nos altos escal�es da administra��o.
“Vivemos uma crise pol�tica por dia”
Os grupos de WhatsApp ferveram na tarde de ontem com a sa�da do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Em um desses grupos, formado por empres�rios, a constata��o geral � que o governo fica ainda mais enfraquecido no epis�dio. “� impressionante, vivemos uma crise pol�tica por dia”, escreveu um dos participantes, um jovem empres�rio da �rea de tecnologia. “Assim n�o h� economia que resista.” O des�nimo do setor produtivo com o governo est� sendo transformado em desespero.
B2W investe em tuc-tucs para o transporte de mercadorias
A B2W Digital, dona das marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, colocar� nas ruas uma frota de 90 tuc-tucs el�tricos para a entrega de produtos vendidos nas plataformas digitais. Segundo a empresa, os ve�culos – parecidos com aqueles triciclos que fazem sucesso na �sia – v�o atuar principalmente nas capitais do Sudeste, Sul e Nordeste do pa�s e s�o capazes de transportar at� 600 quilos de mercadorias, muito mais do que uma motocicleta convencional.
R$ 1,7 bilh�o
Foi o lucro da operadora de telefonia Oi no quarto trimestre de 2020, revertendo o preju�zo de R$ 2,2 bilh�es observado no mesmo per�odo de 2019. Em todo o ano passado, por�m, a empresa perdeu R$ 10,5 bilh�es
"Se em plena pandemia conseguimos embarcar 2 milh�es de passageiros em um trimestre, imagina o que faremos daqui a seis meses"
Leonel Andrade, presidente da CVC Corp, maior empresa de turismo da Am�rica do Sul
Rapidinhas
A pandemia fez diminuir a demanda por aluguel de carros no Brasil. No ano passado, as locadoras contabilizaram 44,6 milh�es de di�rias, uma queda de 10% em rela��o a 2019. Apesar disso, a frota aumentou, chegando ao recorde de 1 milh�o de ve�culos. Os dados s�o da Associa��o Brasileira das Locadoras de Autom�veis (Abla).
O navio que ficou seis dias encalhado no Canal de Suez trouxe um problema adicional para a j� debilitada ind�stria automotiva brasileira. Boa parte das mais de 500 embarca��es que tiveram seu caminho bloqueado transportava componentes automotivos – alguns deles destinados ao Brasil. O setor enfrenta queda de vendas e paralisa��o de f�bricas.
A confian�a do consumidor brasileiro caiu para o pior n�vel desde o in�cio da pandemia. Em mar�o, o �ndice INC, calculado pela Associa��o Comercial de S�o Paulo, chegou a 76 pontos – um ano atr�s, estava em 92 pontos (a escala vai de 0 a 200). Segundo economistas, s� a vacina��o em massa e o retorno das atividades poder�o reverter o quadro.
As proje��es para a infla��o continuam sem freio. O mercado financeiro subiu, pela 12ª semana consecutiva, a expectativa de alta de pre�os em 2021, que passou de 4,71% para 4,81%. Para 2022, a previs�o � de alta de 3,51%. Os dados fazem parte do relat�rio Focus, divulgado pelo Banco Central.
