Brasil ignora potencial econ�mico dos esportes

Em janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro extinguiu o Minist�rio dos Esportes. Nos governos estaduais e nas prefeituras, os programas de incentivo, que j� eram escassos, sumiram nos �ltimos anos de crise econ�mica. Agora que a Olimp�ada de T�quio acabou, e diante do excelente desempenho dos atletas brasileiros, as autoridades fazem de tudo para surfar a onda positiva. Isso � um desaforo.

Na verdade, elas n�o est�o nem a� para os atletas e ignoram por completo o potencial econ�mico dos esportes – apenas o mercado do skate movimenta R$ 1 bilh�o por ano no pa�s. O mesmo vale para a maioria esmagadora das empresas.

“Em vez de patrocinar o esporte, as companhias preferem despejar suas verbas de marketing em influencers populares nas redes sociais”, diz o consultor especializado em marcas Eduardo Tancinsky. “N�o vejo qualquer mudan�a de cen�rio para o futuro pr�ximo.” Ou seja: de 4 em 4 anos, o Brasil lembra que o esporte ol�mpico existe. Enquanto isso, os atletas que se virem.

O Airbnb criou um projeto curioso para apoiar atletas ol�mpicos e paral�mpicos. Todos os esportistas presentes nos Jogos de T�quio ganhar�o cr�ditos de viagem de US$ 500 para usar na plataforma, da maneira como quiserem e quando desejarem.

No m�s passado, a empresa de hospedagem havia anunciado patroc�nio a 56 atletas, incluindo 16 brasileiros. Entre eles est�o o remador Lucas Verthein, que chegou � semifinal ol�mpica, e Estras Rocha, do tirco com arco paral�mpico.

Os empres�rios cansaram de Bolsonaro? Em um grupo de WhatsApp formado por pesos-pesados do capital, a paci�ncia parece ter chegado ao fim.

“Ningu�m suporta mais um ambiente t�o t�xico”, escreveu no grupo o presidente de uma rede de franquias na �rea de alimentos, ao comentar a not�cia de que Bolsonaro havia xingado o presidente do TSE, Lu�s Roberto Barroso. “� o fim do mundo o que estamos vivendo”, completou outro executivo. No �mbito privado, os empres�rios dizem o que realmente pensam sobre o governo.

Os radicais das redes sociais encontraram um novo ambiente para chamar de seu. Trata-se da americana GETTR, que se apresenta como uma plataforma “contra a cultura do cancelamento”. Em outras palavras: a rede permite, entre outros absurdos, incita��es ao �dio e a dissemina��o de fake news. O fundador da GETTR � Jason Miller, estrategista das campanhas eleitorais do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Sob diversos aspectos, a ideia parece uma imita��o barata do Twitter.

O mercado brasileiro de vinhos cresceu na pandemia. Estima-se que, no per�odo, o Brasil ganhou entre 7 e 9 milh�es de f�s regulares da bebida, aqueles que consomem o produto ao menos uma vez por semana. No ano passado, foram consumidos 430 milh�es de litros no Pa�s. Em 2019, o n�mero estava em 360 milh�es.

O conglomerado japon�s Softbank est� com os olhos voltados para o mercado brasileiro. Em apenas uma semana, anunciou investimentos de quase R$ 1 bilh�o em tr�s empresas brasileiras – Avenue, Omie e Unico. No total, o portf�lio do grupo na Am�rica Latina conta com aproximadamente 40 companhias.

A economia circular ser� foco da primeira edi��o do Circular Summit, evento on-line organizado pela Abiplast (Associa��o Brasileira da Ind�stria do Pl�stico) e RX (Reed Exhibitions). Entre 11 e 12 de agosto, palestrantes como Caterine Weetman, fundadora da Rethink Global, e Gonzalo Abogadir, campe�o em a��es clim�ticas de Alto N�vel da COP25, dar�o sua vis�o sobre o tema.

O conceito, que consiste na otimiza��o dos recursos e envolvimento de todas as cadeias, nasceu no final dos anos 80. Segundo o estudo Breaking the Plastic Wave, a aplica��o da economia circular levaria a uma redu��o de 25% na emiss�o de gases de efeito estufa, cria��o de 700 mil empregos at� 2040 e gera��o de US$ 200 bilh�es por ano.

Estimativa de faturamento dos shoppings em 2021, segundo proje��o da Abrasce, a associa��o no setor. Em 2020, foram R$ 128,8 bilh�es.