Com guerra, pre�o do carro zero dever� subir em 2022

Em 2021, os pre�os dos carros zero quil�metro subiram, em m�dia, 18,4% no Brasil, segundo pesquisa elaborada pela consultoria KBB. O aumento acima da infla��o foi resultado principalmente da falta de componentes eletr�nicos, que provocou um descompasso entre oferta e demanda. Em 2022, o problema sequer foi resolvido, mas agora h� um fator ainda mais insidioso: a guerra. O conflito entre R�ssia e Ucr�nia dever� inevitavelmente aumentar a cota��o do d�lar. Por consequ�ncia, o custo da log�stica e dos insumos tamb�m sobe, afetando toda a cadeia automotiva. No Brasil, as montadoras usam diversos componentes estrangeiros para fabricar autom�veis, de eletr�nicos a motores, de ferro a borracha. O cen�rio � desafiador. As empresas projetam vender 2 milh�es de ve�culos em 2022, n�mero pr�ximo ao de 2021. Trata-se de desempenho modesto – representa uma queda de quase 25% em rela��o a 2019, antes da pandemia

A BR Sports, controladora da Topper e Rainha, aposta no modelo de franquias para expandir os neg�cios pelo Brasil. H� alguns dias, a primeira loja franqueada das marcas de artigos esportivos foi inaugurada em Bel�m, no Par�. A ideia � chegar a 300 estabelecimentos at� 2026. Um dos trunfos para crescer � o valor relativamente baixo para abrir uma unidade. Segundo a BR Sports, o investimento inicial varia de R$ 140 mil a R$ 200 mil, a depender da localiza��o e do tamanho da loja.

A guerra vai atrasar a ado��o de energias limpas pelos pa�ses? Sim, o risco existe. N�o � de hoje que os europeus est�o preocupados com a quebra de fornecimento do g�s da R�ssia. Desde meados do ano passado, o Velho Continente discute maneiras de se tornar menos dependente dos russos. N�o � toa, o ano de 2022 come�ou com o recorde de importa��es de carv�o – o mais sujo dos combust�veis f�sseis – pela Europa. As encomendas do nocivo produto aumentaram 56% em rela��o ao mesmo m�s de 2021.

O alto custo da energia � um estorvo para o Brasil. Segundo estudo realizado pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), os 16 encargos e taxas setoriais incorporados � conta de luz tiveram um impacto de R$ 33,1 bilh�es em 2020. No total, os tributos e encargos respondem por 38% do custo tarif�rio da energia el�trica no pa�s, um dos percentuais mais representativos do mundo. A carga elevada reduz a competitividade das empresas, compromete investimentos e freia o desenvolvimento.

Rapidinhas

* O aumento do pre�o do frete mar�timo (foto) desde o in�cio da pandemia, o que se deve sobretudo � falta de cont�ineres, impulsionou a demanda por transporte a�reo de cargas. Segundo dados da Associa��o Internacional de Transporte A�reo (Iata, na sigla em ingl�s), em 2021 o segmento cresceu 18,7% em rela��o a 2020 e 6,9% versus 2019.

* A Agrishow, principal feira de agroneg�cio do Brasil e uma das maiores do mundo, volta em 2022 ap�s te sido cancelada nos �ltimos dois anos por causa da pandemia. Programado para abril, o evento ser� realizado em Ribeir�o Preto (SP), com a expectativa de repetir o resultado de 2019, quando gerou R$ 2,9 bilh�es em neg�cios.

* A vodca russa, um dos produtos mais exportados pelo pa�s, sofre as consequ�ncias da invas�o das tropas de Vladimir Putin � Ucr�nia. Grandes redes de supermercados dos Estados Unidos (foto), Europa, Canad� e Austr�lia retiraram as garrafas das prateleiras e cortaram as encomendas da bebida. 

* Nos �ltimos dias, russos e ucranianos correram para comprar bitcoin, numa tentativa desesperada para se proteger do colapso financeiro provocado pela guerra. Eles est�o habituados com moedas digitais. Segundo a consultoria Tripple A, 13% dos habitantes da Ucr�nia utilizam criptomoedas, participa��o mais alta do mundo. Na R�ssia, o �ndice � de 12%.

* R$ 174 bilh�es quanto o com�rcio eletr�nico brasileiro dever� movimentar em 2022, um aumento de 9% sobre 2021. A proje��o � da consultoria Neotrust

* “Ainda que a infla��o de 2022 deva ser mais baixa que a do ano passado, neste exato momento a proje��o de 6% para o ano parece otimista. Devemos come�ar a pensar em valor acima de 6%, a persistirem as press�es l� fora”, Alexandre Schwartsman, economista.