No agroneg�cio, Brasil depende em excesso da China

Amauri Segalla

O agroneg�cio brasileiro tem concentrado demais as exporta��es para a China, o que pode ser perigoso em um cen�rio de instabilidade global e de baixo crescimento econ�mico do pa�s asi�tico. Em 2021, o Brasil vendeu para a na��o da muralha US$ 41 bilh�es, o equivalente a 34% das transa��es externas do agroneg�cio, um n�vel de depend�ncia inegavelmente excessivo. Os brasileiros exportam de tudo para l� – em termos de volume, contudo, os gr�os respondem por cerca de 30% do total. Para especialistas, h� in�meras oportunidades – muitas delas j� capturadas pelos exportadores – no segmento de carnes, mas � preciso diversificar ainda mais os neg�cios, com apostas nos ramos de frutas, castanhas e legumes processados. Buscar novos mercados tamb�m � um caminho indicado e certamente inevit�vel nos pr�ximos anos. A Europa � um parceiro de enorme potencial, mas cultiv�-lo depende da ado��o de fortes compromissos ambientais por parte dos produtores brasileiros. 

IBGE projeta nova safra recorde

A depender do desempenho das lavouras brasileiras, os chineses t�m motivos de sobra para ampliar as importa��es. De acordo com o IBGE, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas dever� chegar a 261,9 milh�es de toneladas em 2022. Se o n�mero for confirmado, representar� um recorde para a s�rie hist�rica, iniciada em 1975. Desta vez, o milho � o produto que tem puxado o resultado, com um crescimento de 35,5%. J� o desempenho da soja dever� decepcionar.

Cons�rcios est�o em alta no Brasil

Produto financeiro inventado h� 60 anos no Brasil, o cons�rcio est� em alta no pa�s. Segundo dados compilados pela Associa��o Brasileira de Administradoras de Cons�rcios (Abac), o sistema de cons�rcios obteve no primeiro semestre de 2022 o melhor resultado dos �ltimos 10 anos, com 1,85 milh�o de cotas vendidas – o n�mero � 12,1% superior ao observado no mesmo per�odo de 2021. Os brasileiros gostam de cons�rcio por duas raz�es principais: n�o � preciso dar entrada e n�o h� cobran�a de juros.

R$ 6,05 bilh�es

� quanto a Black Friday, programada para o final de novembro, dever� movimentar no com�rcio eletr�nico brasileiro, segundo pesquisa da associa��o ABComm. O valor representa aumento de 3,5% em rela��o a 2021

“A pol�tica � um ato de equil�brio entre as pessoas que querem entrar e aquelas que n�o uerem sair”

Jacques Bossuet (1627-1704), historiador franc�s

Rapidinhas 

• A exporta��o de carne bovina bateu recorde em setembro. De acordo com a Associa��o Brasileira de Frigor�ficos (Abrafrigo), as vendas para o exterior totalizaram 231,4 mil toneladas – � o maior volume de embarques em um s� m�s. As receitas cresceram 10,5% em rela��o a setembro de 2021, para US$ 1,3 bilh�o.
• O favoritismo do ex-ministro da Infraestrutura Tarc�sio de Freitas ao governo de S�o Paulo abre a perspectiva de valoriza��o das a��es da Sabesp, a companhia de saneamento do estado. Para o Ita� BBA, a vit�ria de Tarc�sio aumentaria a chance de a empresa ser privatizada. Os analistas do banco projetam valoriza��o de 50% para os pap�is.
• A B3 informa que a Bolsa de Valores de S�o Paulo funcionar� normalmente em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo do Catar – a Sele��o estreia em 24 de novembro, contra a S�rvia, �s 16h, no hor�rio de Bras�lia. Acredite: j� houve um tempo em que as negocia��es paravam quando os craques brasileiros entravam em campo.
• A alem� Porsche superou a conterr�nea Volkswagen e se tornou nesta semana a montadora mais valiosa da Europa. Ontem, seu valor de mercado totalizou 82,7 bilh�es de euros, acima dos 78,1 bilh�es de euros da Volks. H� um detalhe curioso nessa compara��o: a Porsche vende 300 mil carros por ano, contra 10 milh�es da Volks.

Resgates da poupan�a quebram recorde

Queridinha de parte significativa dos investidores brasileiros, a poupan�a est� em baixa. Entre janeiro e setembro, eles resgataram R$ 91 bilh�es da caderneta, maior volume desde 1995.  Apenas no m�s passado, os resgates l�quidos somaram R$ 5,9 bilh�es – trata-se do segundo pior desempenho para o m�s de setembro da hist�ria, perdendo apenas para id�ntico intervalo de 2021. A explica��o � �bvia: a poupan�a tem rendido menos do que a infla��o, o que obviamente afastou investidores.