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Estado de Minas ONCOLOGIA

Comorbidades associadas a atrasos no encaminhamento e diagn�stico de c�ncer

Pacientes com morbidades m�ltiplas tinham 26% mais probabilidade de ter seu c�ncer diagnosticado pelo menos 60 dias ap�s a consulta inicial de aten��o prim�ria


16/01/2022 04:00 - atualizado 13/01/2022 10:21

Ilustração sobre comorbidade
A presen�a de doen�as cr�nicas pre-existentes pode influenciar o processo de diagn�stico de c�ncer na aten��o prim�ria


Condi��es cr�nicas preexistentes (morbidades) s�o comuns entre a popula��o em geral e entre aqueles diagnosticados com c�ncer. As evid�ncias atuais indicam que os indiv�duos com morbidades s�o mais propensos a ser diagnosticados como uma emerg�ncia (o que � tipicamente associado a resultados cl�nicos e desfechos piores) e maior probabilidade de ser diagnosticado com c�ncer avan�ado, embora os efeitos variem de acordo com a morbidade espec�fica; e muitas vezes experimentam intervalos mais longos para o tratamento.
 
A presen�a de doen�as cr�nicas pre-existentes pode influenciar o processo de diagn�stico de c�ncer na aten��o prim�ria por meio de mecanismos complexos, resultando em um intervalo maior/menor para o diagn�stico.

O gerenciamento de doen�as existentes pode ser priorizado em rela��o � avalia��o de novos sintomas causados por c�ncer ainda n�o diagnosticado (a hip�tese das “demandas concorrentes”); ou enviesar a interpreta��o de novos sintomas, particularmente se eles pudessem estar plausivelmente relacionados � morbidade (a hip�tese de "explica��es alternativas"), ambos contribuindo para o obscurecimento do diagn�stico.

Por outro lado, os indiv�duos com morbidades preexistentes podem ser mais propensos a ter um diagn�stico incidental e mais r�pido de c�ncer por meio de monitoramento de rotina (a hip�tese do “efeito de vigil�ncia”).

Essas descobertas s�o baseadas em um estudo retrospectivo de dados de 11.716 pacientes com c�ncer da Auditoria Nacional de Diagn�stico do C�ncer do Reino Unido – uma iniciativa que teve como objetivo compreender melhor a jornada dos pacientes com c�ncer, desde os cuidados prim�rios at� o diagn�stico. 

Tr�s quartos dos participantes do estudo apresentavam pelo menos uma morbidade no prontu�rio da aten��o b�sica, segundo os autores da nova pesquisa, publicada recentemente na revista m�dica Family Practice.  

Em sua an�lise de todos os dados do paciente, Minjoung M. Koo e colegas descobriram que o tempo m�dio entre a primeira apresenta��o a um m�dico de aten��o prim�ria com sintomas de c�ncer e o encaminhamento a um especialista foi de cinco dias. Para todos os pacientes estudados, o tempo m�dio para receber o diagn�stico de c�ncer foi de 42 dias, escreveram os pesquisadores.

Pacientes com morbidades m�ltiplas tinham 26% mais probabilidade de ter seu c�ncer diagnosticado pelo menos 60 dias ap�s a consulta inicial de aten��o prim�ria do que aqueles sem morbidades.

O estudo tamb�m demonstrou uma associa��o entre morbidades e a probabilidade de receber um encaminhamento de emerg�ncia. Aqueles com tr�s ou mais morbidades tiveram 60% mais chance de ter um encaminhamento de emerg�ncia do que aqueles sem comorbidades.

Aqueles com pontua��o de Charlson igual ou superior a tr�s tiveram 61% mais chances de ser encaminhados a um pronto-socorro. A maior probabilidade de complexidade cl�nica ou deteriora��o aguda entre indiv�duos com condi��es cr�nicas m�ltiplas ou graves significa que um encaminhamento de emerg�ncia pode ser clinicamente apropriado.

Os autores conclu�ram ent�o ser razo�vel sugerir que tanto os esfor�os de melhoria quanto as pesquisas futuras nesse campo devam ter como alvo os pacientes com morbidade m�ltipla ou grave e explorar as raz�es para intervalos diagn�sticos prolongados no atendimento especializado.

Andr� Murad � oncologista, diretor-executivo da Personal Oncologia de Precis�o e Personalizada e oncogeneticista no Centro de C�ncer Bras�lia - Cettro e do Instituto Kaplan de Porto Alegre

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